26 de dez. de 2007

.:.Umas das bobagens mais interessantes que já li ... nas últimas horas .:.

Martin Poole

O Relato de Um Homem
"Tudo bem... queremos meninas legais, bonitas, inteligentes e boazinhas..Muito FÁCIL falar, pois quando aparece uma assim, de bandeja, a primeira coisa que a gente pensa é: Oba, me dei bem. Ficamos com ela uma vez, duas. Começamos a pensar que essa é a mulher que as nossas mães gostariam de ter como noras, aquela que queremos pra uma vida toda. Se sair um relacionamento, vai ser uma relação estável. Você vai buscá-la nos lugares, vocês vão ao cinema, num barzinho, carinho... Tudo básico, até virar uma rotina sem graça.. Você vai olhar os caras bem vestidos e bem humorados indo pra noite arrasar com a mulherada e vai sentir inveja. Vai sentir falta de dar aquelas cantadas infalíveis na noite, falta de dar umas olhadas pra uma gata, ou de dar aquela dançadinha mais provocativa na pista.. Você pensa: Acho que não estou pronto pra isso, pra me enclausurar pro resto da vida nesse relacionamento. E a boa menina se transforma numa mala, e aos poucos vai surgindo um nojo dela, uma aversão. Quando você vê o nome dela no celular, não dá vontade de atender... JÁ ERA. Daí aquela promessa de vida estável vai por água a baixo, se a menina não se dá conta, a gente começa a ser grosso, muito grosso e a se afastar. E a menina pensa: O que eu fiz? Coitada, ela não fez nada, a culpa é nossa mesmo. Aí a gente volta pra nossa vidinha, que a gente odiava até semanas atrás. A gente não vê a hora de sair e arrasar na noite.. ou pegar aquela mulher gostosona que sempre quisemos. GRANDE DESILUSÃO. Você chega em casa depois da noitada, sozinho e fica tentando descobrir porque você não está satisfeito. De repente foi porque a menina da night, a linda, gostosa, misteriosa.. ficou contigo, mas nem sequer pediu o número do seu telefone. FRUSTRAÇÃO. Daí, por mais que não queira, você pensa na sua menina boazinha que deixou pra trás, ela podia ter os seus defeitos, mas era legal, ficava ao seu lado te dando valor.. (e você nem ao menos merecia) enquanto isso a boa menina, chateada.. custa a entender o que ela fez pra você ter se afastado dela, daí essa dúvida vira angústia, que vira raiva e vc cai no esquecimento.O tempo passa e a gente continua na mesma.. volta a reclamar da vida e das MULHERES. Elas só querem as coisas com homens cachorros e não nos dão valor.. ou será que fomos NÓS os cachorros? Elas são assim por culpa nossa. A mulher da night hoje, era a boa menina de outro homem ontem, e assim sucessivamente.. Provavelmente, essa nossa ex-boazinha, está enlouquecendo a cabeça de outro homem por aí. E eu a perdi para sempre, ela virou a mulher enlouquecedora que encontrei na balada e ela? nem olhou pra mim! (mas estava mais linda do que nunca) .
(Autor desconhecido)

.:.Umas das bobagens mais interessantes que já li ... nas últimas horas .:.

Martin Poole

O Relato de Um Homem
"Tudo bem... queremos meninas legais, bonitas, inteligentes e boazinhas..Muito FÁCIL falar, pois quando aparece uma assim, de bandeja, a primeira coisa que a gente pensa é: Oba, me dei bem. Ficamos com ela uma vez, duas. Começamos a pensar que essa é a mulher que as nossas mães gostariam de ter como noras, aquela que queremos pra uma vida toda. Se sair um relacionamento, vai ser uma relação estável. Você vai buscá-la nos lugares, vocês vão ao cinema, num barzinho, carinho... Tudo básico, até virar uma rotina sem graça.. Você vai olhar os caras bem vestidos e bem humorados indo pra noite arrasar com a mulherada e vai sentir inveja. Vai sentir falta de dar aquelas cantadas infalíveis na noite, falta de dar umas olhadas pra uma gata, ou de dar aquela dançadinha mais provocativa na pista.. Você pensa: Acho que não estou pronto pra isso, pra me enclausurar pro resto da vida nesse relacionamento. E a boa menina se transforma numa mala, e aos poucos vai surgindo um nojo dela, uma aversão. Quando você vê o nome dela no celular, não dá vontade de atender... JÁ ERA. Daí aquela promessa de vida estável vai por água a baixo, se a menina não se dá conta, a gente começa a ser grosso, muito grosso e a se afastar. E a menina pensa: O que eu fiz? Coitada, ela não fez nada, a culpa é nossa mesmo. Aí a gente volta pra nossa vidinha, que a gente odiava até semanas atrás. A gente não vê a hora de sair e arrasar na noite.. ou pegar aquela mulher gostosona que sempre quisemos. GRANDE DESILUSÃO. Você chega em casa depois da noitada, sozinho e fica tentando descobrir porque você não está satisfeito. De repente foi porque a menina da night, a linda, gostosa, misteriosa.. ficou contigo, mas nem sequer pediu o número do seu telefone. FRUSTRAÇÃO. Daí, por mais que não queira, você pensa na sua menina boazinha que deixou pra trás, ela podia ter os seus defeitos, mas era legal, ficava ao seu lado te dando valor.. (e você nem ao menos merecia) enquanto isso a boa menina, chateada.. custa a entender o que ela fez pra você ter se afastado dela, daí essa dúvida vira angústia, que vira raiva e vc cai no esquecimento.O tempo passa e a gente continua na mesma.. volta a reclamar da vida e das MULHERES. Elas só querem as coisas com homens cachorros e não nos dão valor.. ou será que fomos NÓS os cachorros? Elas são assim por culpa nossa. A mulher da night hoje, era a boa menina de outro homem ontem, e assim sucessivamente.. Provavelmente, essa nossa ex-boazinha, está enlouquecendo a cabeça de outro homem por aí. E eu a perdi para sempre, ela virou a mulher enlouquecedora que encontrei na balada e ela? nem olhou pra mim! (mas estava mais linda do que nunca) .
(Autor desconhecido)

.:. Boas entradas .:.

No final do ano passado um amiga com dotes adivinhatórios havia me dito que 2007 seria o ano em que tudo o que tivesse que ser feito, seria feito e tudo que tivesse de ser defeito, se desfaria. A maioria acabou se realizando e confesso que pelo meu balanço anual, se ela não fosse tão minha amiga, acreditaria que ela estaria me gorando.

Fim do ano é aquele momento em que pensamos no que fizemos sem o perigo de desenvolver o sentimento de arrependimento sob a desculpa da “reflexão”. É também quando tentamos imaginar como faremos no ano seguinte para, ao final dele, descobrirmos que fizemos exatamente do mesmo jeito. Cometemos muitos dos erros que prometemos não cometer. Comemos toda a “porcaria” que prometemos não comer – é isso mesmo que você pensou. E realizamos menos 10% das metas irreais que traçamos - tipo ficar rica, fazer uma viagem, tirar férias (pra mim é irreal, ué!).

Esse momento entre a fantasia e a realidade dura exatamente 1 semana. Tempo suficiente para perceber o quão afastados estamos da nossa família, perceber o real significado da expressão “Eu te amo” durante a ceia de Natal e fazer planos, muitos planos; um deles é emagrecer - promessa tão tradicional quanto a ceia que a estimula.

A frase “No ano que vem eu vou...” já começa desmoralizada. Mania de deixar pra depois! Por que não começa logo assim que teve a idéia?Por que começar a economizar apenas 7 dias depois?Por que não começar a dieta já? Deixar para o ano que vem desanima, dá preguiça de tudo. Talvez suas idéias mudem ou você simplesmente perceba que não precisa de nada do que prometeu.

Outra situação clássica de fim de ano são as superstições. Impressionante o desespero de levar boas vibrações para o ano seguinte a ponto de concentrarmos nossas energias em um saco de lentilhas, nas primeiras sete ondas do ano, em cachos de uva. Pode parecer inocente, mas acho que deveríamos nos concentrar na bebida e não causar um acidente ou pagar chacota nas comemorações. Caso contrário, suas primeiras vibrações do ano poderão ser algumas dores de cabeça ou sirene de ambulância e polícia.

Por fim, vale a pena pensar positivo e se concentrar nas suas aspirações para o próximo ano como metas a serem alcançadas e desafios. Com certeza as energias conspirarão ao seu favor mesmo delimitando seus objetivos com um cacho de uvas na mão e saltitando feito uma cabrita sobre as ondas de qualquer praia. Deixe que a roupinha branca meio "gatinha – molhada" e a falta de destreza em segurar as sandálias, taça de cidra, as uvas e ainda pular as ondas sem se molhar tanto, funcionem apenas como um marco do dia em que você parou para estipular que pessoa quer ser no ano que vem.

Feliz Ano Novo e boas entradas (isso aí que você está pensando também)!

.:. Boas entradas .:.

No final do ano passado um amiga com dotes adivinhatórios havia me dito que 2007 seria o ano em que tudo o que tivesse que ser feito, seria feito e tudo que tivesse de ser defeito, se desfaria. A maioria acabou se realizando e confesso que pelo meu balanço anual, se ela não fosse tão minha amiga, acreditaria que ela estaria me gorando.

Fim do ano é aquele momento em que pensamos no que fizemos sem o perigo de desenvolver o sentimento de arrependimento sob a desculpa da “reflexão”. É também quando tentamos imaginar como faremos no ano seguinte para, ao final dele, descobrirmos que fizemos exatamente do mesmo jeito. Cometemos muitos dos erros que prometemos não cometer. Comemos toda a “porcaria” que prometemos não comer – é isso mesmo que você pensou. E realizamos menos 10% das metas irreais que traçamos - tipo ficar rica, fazer uma viagem, tirar férias (pra mim é irreal, ué!).

Esse momento entre a fantasia e a realidade dura exatamente 1 semana. Tempo suficiente para perceber o quão afastados estamos da nossa família, perceber o real significado da expressão “Eu te amo” durante a ceia de Natal e fazer planos, muitos planos; um deles é emagrecer - promessa tão tradicional quanto a ceia que a estimula.

A frase “No ano que vem eu vou...” já começa desmoralizada. Mania de deixar pra depois! Por que não começa logo assim que teve a idéia?Por que começar a economizar apenas 7 dias depois?Por que não começar a dieta já? Deixar para o ano que vem desanima, dá preguiça de tudo. Talvez suas idéias mudem ou você simplesmente perceba que não precisa de nada do que prometeu.

Outra situação clássica de fim de ano são as superstições. Impressionante o desespero de levar boas vibrações para o ano seguinte a ponto de concentrarmos nossas energias em um saco de lentilhas, nas primeiras sete ondas do ano, em cachos de uva. Pode parecer inocente, mas acho que deveríamos nos concentrar na bebida e não causar um acidente ou pagar chacota nas comemorações. Caso contrário, suas primeiras vibrações do ano poderão ser algumas dores de cabeça ou sirene de ambulância e polícia.

Por fim, vale a pena pensar positivo e se concentrar nas suas aspirações para o próximo ano como metas a serem alcançadas e desafios. Com certeza as energias conspirarão ao seu favor mesmo delimitando seus objetivos com um cacho de uvas na mão e saltitando feito uma cabrita sobre as ondas de qualquer praia. Deixe que a roupinha branca meio "gatinha – molhada" e a falta de destreza em segurar as sandálias, taça de cidra, as uvas e ainda pular as ondas sem se molhar tanto, funcionem apenas como um marco do dia em que você parou para estipular que pessoa quer ser no ano que vem.

Feliz Ano Novo e boas entradas (isso aí que você está pensando também)!

3 de out. de 2007

.:. Malandro é malandro e mané é mané .:.

Chico Buarque diz que a nata da malandragem não existe mais. Ele se refere aos antigos malandros, de sutil irreverência debaixo de um chapéu e calça de linho bem cortada. Aquele irresistível malandro da boemia e do samba, da sagacidade na dureza da vida, no papo furado cheio de prosopopéia.

Concordo, Chico. Sinceramente, eu tento enxergar nas mulheres e homens da atualidade esse perfil das antigas. Mas a camisa listrada foi abandonada, dando lugar a qualquer coisa que lhes dê uma identidade ou que possa ser usado como artifício para o approach. O malandro contemporâneo entende de moda e conhece de escova até luzes. Guardou o machismo para seus discursos feministas e a malandrinha agora discorre sobre os maus-homens, se fazendo de vítima do universo das relações.

A malandragem é cheia de pá-de-lá e pá-de-cá e, no fim, ela recebe o olhar atravessado de quem lhe parece dizer, com um risinho de canto de boca, um ressonante “Fala sério! Alguém acredita nisso?”. Fica nesse jogo onde um finge que é verdade e o outro finge que acredita, e assim vão se divertindo. Tanto homens quanto mulheres, ativam seus radares para a famosa conversa fiada, mas, parece que inflar o ego ainda conta pontos na hora de decidir ficar ou ir embora.

Buscando a concretude de uma declaração que não culmine em um coração partido ou no descrédito, melhor talvez seja, recorrer ao “Eu te amo” do nosso Buarque revestido de paixão e intensidade. Meio um mela cueca desesperado, porém, sólido, consistente e seguro.

Fomos doutrinados pela velha guarda da malandragem, muito antes de Chico noticiar seu sumiço em “Homenagem ao malandro”. Deles, agradecemos a sacanagem inocente recebida de herança, e o borogodó emprestado ao que hoje nos parece insosso.

A mim, portanto, resta a lição deixada por Bezerra da Silva como aviso aos navegantes, porque os malandros contemporâneos tentam, se desdobram para resgatar aquele charme clássico da malandragem, mas, como dizia esse grande sambista: malandro é malandro e mané é mané.

.:. Malandro é malandro e mané é mané .:.

Chico Buarque diz que a nata da malandragem não existe mais. Ele se refere aos antigos malandros, de sutil irreverência debaixo de um chapéu e calça de linho bem cortada. Aquele irresistível malandro da boemia e do samba, da sagacidade na dureza da vida, no papo furado cheio de prosopopéia.

Concordo, Chico. Sinceramente, eu tento enxergar nas mulheres e homens da atualidade esse perfil das antigas. Mas a camisa listrada foi abandonada, dando lugar a qualquer coisa que lhes dê uma identidade ou que possa ser usado como artifício para o approach. O malandro contemporâneo entende de moda e conhece de escova até luzes. Guardou o machismo para seus discursos feministas e a malandrinha agora discorre sobre os maus-homens, se fazendo de vítima do universo das relações.

A malandragem é cheia de pá-de-lá e pá-de-cá e, no fim, ela recebe o olhar atravessado de quem lhe parece dizer, com um risinho de canto de boca, um ressonante “Fala sério! Alguém acredita nisso?”. Fica nesse jogo onde um finge que é verdade e o outro finge que acredita, e assim vão se divertindo. Tanto homens quanto mulheres, ativam seus radares para a famosa conversa fiada, mas, parece que inflar o ego ainda conta pontos na hora de decidir ficar ou ir embora.

Buscando a concretude de uma declaração que não culmine em um coração partido ou no descrédito, melhor talvez seja, recorrer ao “Eu te amo” do nosso Buarque revestido de paixão e intensidade. Meio um mela cueca desesperado, porém, sólido, consistente e seguro.

Fomos doutrinados pela velha guarda da malandragem, muito antes de Chico noticiar seu sumiço em “Homenagem ao malandro”. Deles, agradecemos a sacanagem inocente recebida de herança, e o borogodó emprestado ao que hoje nos parece insosso.

A mim, portanto, resta a lição deixada por Bezerra da Silva como aviso aos navegantes, porque os malandros contemporâneos tentam, se desdobram para resgatar aquele charme clássico da malandragem, mas, como dizia esse grande sambista: malandro é malandro e mané é mané.

19 de set. de 2007

.:. Cada louco com sua leitura .:.

Aprendi a não ter remorso por não terminar de ler um livro, da mesma forma que aprendi a admirar àqueles que me prendem até o final. Tenho compulsão por ler e ler de tudo; desde bula de remédio até jornal dos outros no ponto de ônibus. Ah! Aprendi a me controlar também, pois já estava ficando uma pessoa inconveniente.

Acredito que somos o que lemos, do mesmo modo que lemos um pouco do que somos. Eu tinha um temperamento eclético (existe isso?) e, por isso, escolhia o próximo livro de acordo com o pé com que eu acordava: pé direito é comédia, pé esquerdo é drama. Aprendi que é preciso se colocar de castigo e aprender a ler o avesso do seu humor porque faz muito bem.

Um exemplo disso foi o último livro que li que fala sobre inveja. Nunca imaginei que fosse gostar tanto de folhear sobre algo que tenho tamanho asco. Fiquei uma semana com fixação por inveja. Observava as pessoas na rua e analisava: “Aquele ali tem cara de invejoso” e dava conselhos tendenciosos: “Ihhh, isso é inveja!”. Mas algumas questões sobre esse assunto foram esclarecidas e ainda me acrescentaram bons parâmetros de vida. Porém, precisei me forçar a ler sobre o que não gostava. Obrigada, Zuenir Ventura.

No meu dia-a-dia, fujo de livrarias como o diabo foge da cruz. Não há coração que agüente minha compulsão, que não é por comprar livros, e sim, pela vontade de lê-los. Ao entrar numa livraria do centro da cidade, tenho taquicardia e frenesi por todas as sessões. Não sei por quê aprender sobre macroeconomia, por exemplo, poderia me acrescentar algo se nem me lembro mais da tabuada! Ou por quê diabos eu preciso ler Harry Potter em inglês?! O fato é que tenho vontade, vontade e mais vontade daquelas de grávida, super criativa, que vai de guia de ruas até os raríssimos clássicos.

Hoje sou mais criteriosa com o que leio. Estava me tornando uma pessoa muito questionadora por ler autores que queriam ajudar ensinando a se auto-ajudar, mas que, no fundo, só me confundiam me fazendo refletir muito e obter poucas respostas realmente concretas. Não quero mais saber quem mexeu no meu queijo. Quero saber a origem do queijo! Não quero mais entender porque o pai é rico ou o pai é pobre. Eu quero saber como o filho enriqueceu!

Brincadeiras à parte, me preocupa o que está sendo lido e as conseqüências desse hábito na vida das pessoas. Mas, ao mesmo tempo, fico feliz que leiam e cultivem suas manias de leitura. O quê? Quais são as minhas manias? Uma apenas: os meus livros... eu não empresto! Mas estou mais organizada em relação a tudo isso. Passei também a comprar meu próprio jornal e o mais importante foi que consegui otimizar meus gastos com livros. Mas esses, não me peçam. Eu não empresto! Cada louco com sua mania, não é?

.:. Cada louco com sua leitura .:.

Aprendi a não ter remorso por não terminar de ler um livro, da mesma forma que aprendi a admirar àqueles que me prendem até o final. Tenho compulsão por ler e ler de tudo; desde bula de remédio até jornal dos outros no ponto de ônibus. Ah! Aprendi a me controlar também, pois já estava ficando uma pessoa inconveniente.

Acredito que somos o que lemos, do mesmo modo que lemos um pouco do que somos. Eu tinha um temperamento eclético (existe isso?) e, por isso, escolhia o próximo livro de acordo com o pé com que eu acordava: pé direito é comédia, pé esquerdo é drama. Aprendi que é preciso se colocar de castigo e aprender a ler o avesso do seu humor porque faz muito bem.

Um exemplo disso foi o último livro que li que fala sobre inveja. Nunca imaginei que fosse gostar tanto de folhear sobre algo que tenho tamanho asco. Fiquei uma semana com fixação por inveja. Observava as pessoas na rua e analisava: “Aquele ali tem cara de invejoso” e dava conselhos tendenciosos: “Ihhh, isso é inveja!”. Mas algumas questões sobre esse assunto foram esclarecidas e ainda me acrescentaram bons parâmetros de vida. Porém, precisei me forçar a ler sobre o que não gostava. Obrigada, Zuenir Ventura.

No meu dia-a-dia, fujo de livrarias como o diabo foge da cruz. Não há coração que agüente minha compulsão, que não é por comprar livros, e sim, pela vontade de lê-los. Ao entrar numa livraria do centro da cidade, tenho taquicardia e frenesi por todas as sessões. Não sei por quê aprender sobre macroeconomia, por exemplo, poderia me acrescentar algo se nem me lembro mais da tabuada! Ou por quê diabos eu preciso ler Harry Potter em inglês?! O fato é que tenho vontade, vontade e mais vontade daquelas de grávida, super criativa, que vai de guia de ruas até os raríssimos clássicos.

Hoje sou mais criteriosa com o que leio. Estava me tornando uma pessoa muito questionadora por ler autores que queriam ajudar ensinando a se auto-ajudar, mas que, no fundo, só me confundiam me fazendo refletir muito e obter poucas respostas realmente concretas. Não quero mais saber quem mexeu no meu queijo. Quero saber a origem do queijo! Não quero mais entender porque o pai é rico ou o pai é pobre. Eu quero saber como o filho enriqueceu!

Brincadeiras à parte, me preocupa o que está sendo lido e as conseqüências desse hábito na vida das pessoas. Mas, ao mesmo tempo, fico feliz que leiam e cultivem suas manias de leitura. O quê? Quais são as minhas manias? Uma apenas: os meus livros... eu não empresto! Mas estou mais organizada em relação a tudo isso. Passei também a comprar meu próprio jornal e o mais importante foi que consegui otimizar meus gastos com livros. Mas esses, não me peçam. Eu não empresto! Cada louco com sua mania, não é?

21 de ago. de 2007

.:. Nem tão Amélia e nem tão Bebel .:.

Cansei. A Amélia está em greve. Essa história de que os homens casam com as santinhas é o maior papo furado. E nem saem com as loiras e namoram as morenas. Nada disso. Os homens querem a mulher que lhes dê insegurança seja qual for a cor do seu cabelo. Quase um filme de Indiana Jones em versão mexicana com muito drama e estardalhaço. Eles não querem mais chegar a casa e ter o jantar pronto e uma mulher à sua espera. De repente querem que ninguém esteja esperando por eles!

Isso não quer dizer necessariamente que todos os homens não prestem. Acredito que eles sofram com isso. Um conflito interno entre razão e tesão, adrenalina e sabedoria. Suas mães lhe ensinaram que é com a Amélia que se casa, mas é a Bebel da novela das oito e sua “catiguria” de mulher avassaladora que mexem com suas cabeças . É isso que eles querem. Um amor avassalador, imprevisível e inconstante que lhes conceda o mérito da dúvida e da surpresa.

Fico preocupada quando começo a ouvir os mesmos discursos em um espaço curto de tempo. Essa história de que mulher não gosta de homem, gosta de dinheiro é um deles. Eles criticam a mulher mercenária, mas, ficam desgostosos quando não reparam no seu possante, afinal, foi para isso que compraram! Muitas vezes vivemos numa fantasia romântica de jantar à luz de velas e incensos. Eles acham isso um saco! Eles querem, na verdade, nos levar a um restaurante japonês caro e mostrar que sabem usar os pauzinhos com propriedade – duplo sentido. Eles adoram fazer graça pra nós. Adoram “cozinhar” a boa moça, mas, é com as mulheres que bagunçam suas vidas que eles ficam. Gostam de ser atordoados.

Finalmente e “ufa”, não que eu acredite que a boa moça deva mudar suas atitudes, mas, percebi que o cerco está se fechando e ficar para titia pode ser um dos finais. Talvez a solução seja achar o meio termo. Manter seus bons valores escondidos numa lingerie de tigresa. Não ser tão Amélia e nem tão Bebel. Mas nunca deixar de ser avassaladora.

.:. Nem tão Amélia e nem tão Bebel .:.

Cansei. A Amélia está em greve. Essa história de que os homens casam com as santinhas é o maior papo furado. E nem saem com as loiras e namoram as morenas. Nada disso. Os homens querem a mulher que lhes dê insegurança seja qual for a cor do seu cabelo. Quase um filme de Indiana Jones em versão mexicana com muito drama e estardalhaço. Eles não querem mais chegar a casa e ter o jantar pronto e uma mulher à sua espera. De repente querem que ninguém esteja esperando por eles!

Isso não quer dizer necessariamente que todos os homens não prestem. Acredito que eles sofram com isso. Um conflito interno entre razão e tesão, adrenalina e sabedoria. Suas mães lhe ensinaram que é com a Amélia que se casa, mas é a Bebel da novela das oito e sua “catiguria” de mulher avassaladora que mexem com suas cabeças . É isso que eles querem. Um amor avassalador, imprevisível e inconstante que lhes conceda o mérito da dúvida e da surpresa.

Fico preocupada quando começo a ouvir os mesmos discursos em um espaço curto de tempo. Essa história de que mulher não gosta de homem, gosta de dinheiro é um deles. Eles criticam a mulher mercenária, mas, ficam desgostosos quando não reparam no seu possante, afinal, foi para isso que compraram! Muitas vezes vivemos numa fantasia romântica de jantar à luz de velas e incensos. Eles acham isso um saco! Eles querem, na verdade, nos levar a um restaurante japonês caro e mostrar que sabem usar os pauzinhos com propriedade – duplo sentido. Eles adoram fazer graça pra nós. Adoram “cozinhar” a boa moça, mas, é com as mulheres que bagunçam suas vidas que eles ficam. Gostam de ser atordoados.

Finalmente e “ufa”, não que eu acredite que a boa moça deva mudar suas atitudes, mas, percebi que o cerco está se fechando e ficar para titia pode ser um dos finais. Talvez a solução seja achar o meio termo. Manter seus bons valores escondidos numa lingerie de tigresa. Não ser tão Amélia e nem tão Bebel. Mas nunca deixar de ser avassaladora.

15 de ago. de 2007

.:. Fênix .:.

O que atormenta as pessoas? Por que elas têm tanto medo de errar, de tentar e de percorrer novos caminhos? O que é tão perigoso que faz com que as pessoas tenham receio de arriscar?

Quando caminhamos, nunca sabemos o que nos espera na próxima esquina e mesmo assim, vamos à frente. Quando dormimos, nunca sabemos como será o amanhã, mas despertamos com a certeza de um dia totalmente diferente. A mudança implica em ter ou não segurança e mexe com o desconhecido. Mas será que algo que já faz parte da sua vida de alguma forma, é realmente tão desconhecido assim?

Quem arrisca não petisca, não é? O mundo passa por transformações a cada minuto, as tecnologias ficam obsoletas em um piscar de olhos. Não temos a menor restrição em trocar um carro mais velho por um lançamento, ou até mesmo uma casa nova. Mas nas coisas do coração, tudo parece ser mais difícil.

Existe um medo constante de se magoar, de sofrer, de perder o controle, de não dar certo. Um negativismo emocional desenfreado. Cadê a ousadia da modernidade? Cadê o viver e não ter vergonha de ser feliz?

Quando nos permitimos uma atitude audaz, quase arrogante com as estripulias da vida, nos surpreendemos e descobrimos outra felicidade. Então, por que não nos permitirmos experimentar coisas novas e também as velhas que se vestiram de novas com o tempo? Sempre é tempo de recomeçar ou simplesmente, viver de forma diferente. Sempre é tempo de arriscar; levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.

.:. Fênix .:.

O que atormenta as pessoas? Por que elas têm tanto medo de errar, de tentar e de percorrer novos caminhos? O que é tão perigoso que faz com que as pessoas tenham receio de arriscar?

Quando caminhamos, nunca sabemos o que nos espera na próxima esquina e mesmo assim, vamos à frente. Quando dormimos, nunca sabemos como será o amanhã, mas despertamos com a certeza de um dia totalmente diferente. A mudança implica em ter ou não segurança e mexe com o desconhecido. Mas será que algo que já faz parte da sua vida de alguma forma, é realmente tão desconhecido assim?

Quem arrisca não petisca, não é? O mundo passa por transformações a cada minuto, as tecnologias ficam obsoletas em um piscar de olhos. Não temos a menor restrição em trocar um carro mais velho por um lançamento, ou até mesmo uma casa nova. Mas nas coisas do coração, tudo parece ser mais difícil.

Existe um medo constante de se magoar, de sofrer, de perder o controle, de não dar certo. Um negativismo emocional desenfreado. Cadê a ousadia da modernidade? Cadê o viver e não ter vergonha de ser feliz?

Quando nos permitimos uma atitude audaz, quase arrogante com as estripulias da vida, nos surpreendemos e descobrimos outra felicidade. Então, por que não nos permitirmos experimentar coisas novas e também as velhas que se vestiram de novas com o tempo? Sempre é tempo de recomeçar ou simplesmente, viver de forma diferente. Sempre é tempo de arriscar; levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.

27 de jul. de 2007

.:. Inchaço psicológico crônico .:.

Essa semana vou marcar uma consulta no oftalmologista e no otorrino. Descobri que ver e ouvir cansa. A mente e a alma vão adoecendo o corpo e me fazem sofrer de Inchaço psicológico crônico. Acabei de inventar essa doença que vai se agravando com o passar dos anos. Fico literalmente cansada, não no seu significado popular da palavra que remete à “saco cheio”, mas, estafada mesmo como diriam os mais velhos. Tudo isso porque basta uma volta no quarteirão para meus conceitos de vida darem um nó. Sair na noitada então... é piripaque na certa.

Às vezes, quando fico muito confusa com as informações atravessadas que a vida me mostra, costumo repetir a expressão de uma amiga: ”Meu Deus!Vou ficar com síndrome do pânico desse jeito!”. Uma piadista essa minha amiga Gabriela. Mas brincando ela tem razão. Esse mundo louco acaba adoecendo a gente.

Eu vivo com medo. Não!Não é de assalto não!Tô começando a acreditar que esse é, dos males, o menor.Vivo atenta ao comportamento das pessoas e suas conseqüências. Outro dia estava sorridente, alegre, comunicativa e por causa disso fui chamada à atenção. Assimilei a informação e procurei ficar mais na minha, menos espetaculosa, apenas quieta. Perguntaram-me se eu estava triste. As pessoas não sabem o que achar, pensar e pior, não pensam antes de dizer. Saem distribuindo seus achismos como se fosse uma verdade universal e a gente tem que se encaixar. O padrão é individual. Isso é possível ou é paradoxo?

Têm ainda esses momentos pára-raios de maluco. Encontrei uma conhecida que parecia esperar ansiosamente que eu perguntasse se estava tudo bem para dizer um ressonante “mais ou menos” com pinta de mais pra mal que pra menos; ela começou a verborragia do seu desengano com os homens dizendo que não arrumava homem que prestasse. Passei os próximos 30 minutos germinando um ódio mortal e generalizado pelo sexo masculino e isso estava me fazendo mal. Mandei um “Amiga, me deixe ir ao banheiro. Já volto” e quando retornei o papo já tinha enveredado para o carinha que ela tava ficando e que, segundo ela, era um fofo. Em menos de 5 minutos ela passou da raiva ao amor pelos homens. E eu, absorvi apenas a raiva.

Numa outra circunstância um amigo dizia que queria sair da “pista”, o que significa arrumar uma boa menina para namorar e sossegar. Achei lindo! Ele havia conseguido recuperar a minha fé na existência de um “bom menino”. Depois, argumentou: “ Lú, gasta-se muito em noitada!”. Um balde de água fria na minha pouca fé. Dizia que estava difícil arrumar mulher maneira – “A mulherada tá demais! Agressiva!” - dizia ele indignado com as danadinhas. Por um momento pensei em apresentar a minha amiga confusa acima, mas deixei a vida agir, afinal, eles que são loucos que se entendam.


Mas, é assim todo dia. Meus ouvidos e olhos se cansam de conflitar com meus pensamentos. Não sei o que as pessoas querem mais. Elas querem e depois não desistem com uma facilidade sem tamanho. Não fazem o que falam com uma convicção ferrenha de que estão certíssimos. E assim vou seguindo no meu Inchaço psicológico crônico; procurando um buraco para enfiar a cabeça para olhar somente o escuro porque, sinceramente, nem para o espelho ultimamente não está dando.

.:. Inchaço psicológico crônico .:.

Essa semana vou marcar uma consulta no oftalmologista e no otorrino. Descobri que ver e ouvir cansa. A mente e a alma vão adoecendo o corpo e me fazem sofrer de Inchaço psicológico crônico. Acabei de inventar essa doença que vai se agravando com o passar dos anos. Fico literalmente cansada, não no seu significado popular da palavra que remete à “saco cheio”, mas, estafada mesmo como diriam os mais velhos. Tudo isso porque basta uma volta no quarteirão para meus conceitos de vida darem um nó. Sair na noitada então... é piripaque na certa.

Às vezes, quando fico muito confusa com as informações atravessadas que a vida me mostra, costumo repetir a expressão de uma amiga: ”Meu Deus!Vou ficar com síndrome do pânico desse jeito!”. Uma piadista essa minha amiga Gabriela. Mas brincando ela tem razão. Esse mundo louco acaba adoecendo a gente.

Eu vivo com medo. Não!Não é de assalto não!Tô começando a acreditar que esse é, dos males, o menor.Vivo atenta ao comportamento das pessoas e suas conseqüências. Outro dia estava sorridente, alegre, comunicativa e por causa disso fui chamada à atenção. Assimilei a informação e procurei ficar mais na minha, menos espetaculosa, apenas quieta. Perguntaram-me se eu estava triste. As pessoas não sabem o que achar, pensar e pior, não pensam antes de dizer. Saem distribuindo seus achismos como se fosse uma verdade universal e a gente tem que se encaixar. O padrão é individual. Isso é possível ou é paradoxo?

Têm ainda esses momentos pára-raios de maluco. Encontrei uma conhecida que parecia esperar ansiosamente que eu perguntasse se estava tudo bem para dizer um ressonante “mais ou menos” com pinta de mais pra mal que pra menos; ela começou a verborragia do seu desengano com os homens dizendo que não arrumava homem que prestasse. Passei os próximos 30 minutos germinando um ódio mortal e generalizado pelo sexo masculino e isso estava me fazendo mal. Mandei um “Amiga, me deixe ir ao banheiro. Já volto” e quando retornei o papo já tinha enveredado para o carinha que ela tava ficando e que, segundo ela, era um fofo. Em menos de 5 minutos ela passou da raiva ao amor pelos homens. E eu, absorvi apenas a raiva.

Numa outra circunstância um amigo dizia que queria sair da “pista”, o que significa arrumar uma boa menina para namorar e sossegar. Achei lindo! Ele havia conseguido recuperar a minha fé na existência de um “bom menino”. Depois, argumentou: “ Lú, gasta-se muito em noitada!”. Um balde de água fria na minha pouca fé. Dizia que estava difícil arrumar mulher maneira – “A mulherada tá demais! Agressiva!” - dizia ele indignado com as danadinhas. Por um momento pensei em apresentar a minha amiga confusa acima, mas deixei a vida agir, afinal, eles que são loucos que se entendam.


Mas, é assim todo dia. Meus ouvidos e olhos se cansam de conflitar com meus pensamentos. Não sei o que as pessoas querem mais. Elas querem e depois não desistem com uma facilidade sem tamanho. Não fazem o que falam com uma convicção ferrenha de que estão certíssimos. E assim vou seguindo no meu Inchaço psicológico crônico; procurando um buraco para enfiar a cabeça para olhar somente o escuro porque, sinceramente, nem para o espelho ultimamente não está dando.

24 de jul. de 2007

.:. Cadê meu nariz de palhaço? .:.

Um programa de TV lançou um quadro grotesco – não diferente do resto do programa - onde utensílios são jogados em um liquidificador na brilhante intenção de testar se o eletrodoméstico vai conseguir picar ou não o objeto. O que me chamou a atenção foi que uma das “cobaias” era um modelo de aparelho celular que não custa tão barato assim e que foi totalmente destruído nessa brincadeira.

Fiquei pensando em como a tecnologia realmente fica ultrapassada em tão pouco tempo e, por isso, os aparelhos celulares parecem tão obsoletos. Há um tempo, telefones móveis eram artigos de luxo e só invejáveis empresários tinham chiquérrimos “Star Taks”; hoje em dia, são literalmente triturados sem dó nem piedade já que a reposição é quase imediata.

O barateamento dos aparelhos em virtude dessa dinamicidade decorrente da evolução tecnológica me assusta na mesma proporção em que me alegra pelo progresso que ela produz. A acessibilidade aos telefones móveis nos oferece mais uma alternativa de comunicação; não ficamos necessariamente presos ao telefone fixo e à hegemonia das operadoras que oferecem esses serviços.

Não satisfeitas, as concessionárias estão em cima do prazo para a mudança do tradicional modo de cobrança por pulso, para o plano de minutos na telefonia fixa. E mais uma vez o consumidor terá que se virar para se adequar ao novo sistema. Dizem por aí que assim não terá mais assinatura, porém, se o consumidor não conhecer seu perfil de consumo antes de escolher qual plano mudar, ele será encaixado automaticamente em um básico equivalente a Deus sabe quanto. Bom, sendo irônica, poderia ser isso um tipo de assinatura?

Aquele quadro do programa de TV, mesmo na sua forma bizarra, me abriu os olhos para meu lindo aparelho celular e a segurança do cartão pré – pago ou das contas com controle de uso. Alivia-me saber que tenho as rédeas de pagar sobre o quanto falo, mesmo que minhas rédeas sejam longas. E provavelmente, o dono daquele celular triturado vai chorar um bocado se com ele no liquidificador, se foi também o chip, ou seja, a sua linha e todos os seus dados. Do contrário, tudo bem, hoje em dia as operadoras estão até dando aparelhos e arranjar outro é mole. Bizarrice triturar um celular? Grotesco é pagar pelo que não usou. Durma com um barulho desses!

.:. Cadê meu nariz de palhaço? .:.

Um programa de TV lançou um quadro grotesco – não diferente do resto do programa - onde utensílios são jogados em um liquidificador na brilhante intenção de testar se o eletrodoméstico vai conseguir picar ou não o objeto. O que me chamou a atenção foi que uma das “cobaias” era um modelo de aparelho celular que não custa tão barato assim e que foi totalmente destruído nessa brincadeira.

Fiquei pensando em como a tecnologia realmente fica ultrapassada em tão pouco tempo e, por isso, os aparelhos celulares parecem tão obsoletos. Há um tempo, telefones móveis eram artigos de luxo e só invejáveis empresários tinham chiquérrimos “Star Taks”; hoje em dia, são literalmente triturados sem dó nem piedade já que a reposição é quase imediata.

O barateamento dos aparelhos em virtude dessa dinamicidade decorrente da evolução tecnológica me assusta na mesma proporção em que me alegra pelo progresso que ela produz. A acessibilidade aos telefones móveis nos oferece mais uma alternativa de comunicação; não ficamos necessariamente presos ao telefone fixo e à hegemonia das operadoras que oferecem esses serviços.

Não satisfeitas, as concessionárias estão em cima do prazo para a mudança do tradicional modo de cobrança por pulso, para o plano de minutos na telefonia fixa. E mais uma vez o consumidor terá que se virar para se adequar ao novo sistema. Dizem por aí que assim não terá mais assinatura, porém, se o consumidor não conhecer seu perfil de consumo antes de escolher qual plano mudar, ele será encaixado automaticamente em um básico equivalente a Deus sabe quanto. Bom, sendo irônica, poderia ser isso um tipo de assinatura?

Aquele quadro do programa de TV, mesmo na sua forma bizarra, me abriu os olhos para meu lindo aparelho celular e a segurança do cartão pré – pago ou das contas com controle de uso. Alivia-me saber que tenho as rédeas de pagar sobre o quanto falo, mesmo que minhas rédeas sejam longas. E provavelmente, o dono daquele celular triturado vai chorar um bocado se com ele no liquidificador, se foi também o chip, ou seja, a sua linha e todos os seus dados. Do contrário, tudo bem, hoje em dia as operadoras estão até dando aparelhos e arranjar outro é mole. Bizarrice triturar um celular? Grotesco é pagar pelo que não usou. Durma com um barulho desses!

19 de jun. de 2007

.:. A beleza interior de Narciso .:.

Segundo a Wikipédia, o narcisismo tem o seu nome derivado de Narciso e ambos derivam da palavra grega narke, que significa "entorpecido". Se isso é bom ou ruim sinceramente não faço a menor idéia. Em um mundo de tanto egoísmo e individualismo, que mal haveria em se entorpecer de si mesmo?

Vivemos numa busca incessante pelo belo, seja em que forma ele se faça. Buscamos a beleza da vida, da pele, do sorriso, do amor. Procuramos a graça no que nós julgamos ser bonito, o que definitivamente é um conceito totalmente relativo.

Platão dizia que o corpo é inimigo do espírito humano e que este é peregrino nesse mundo. Não precisaria ser nenhum filósofo para saber que o corpo se vai. Na verdade, a idade mostra isso através dos anos. O corpo envelhece e é a alma que fica.

Por quê cercear a vaidade, enaltecer a humildade e querer provar que não estamos nem aí para o que está no espelho? É certo que há uma linha tênue entre admirar-se e consumir-se. Mas, entorpecer - se de si vale a pena. Procurar enxergar no espelho aquilo que está refletido nos olhos . Por isso há frustração com as pessoas; esperar que elas façam o papel que somos designados a fazer: amar-se, idolatrar-se, admirar-se por dentro e por fora. Esse papel é nosso e se sentir-se feio, a culpa é nossa.

Considerar-se a cada dia melhor que alguém que não seja a você mesmo, trará o feio, o insosso. Cultivar o "belo" que você acredita é uma necessidade. Ser um pouco narcisista mas não ser egoísta é válido. Sem hiprocrisia afinal!

É um paradoxo, nessa sociedade de consumo que vivemos, ainda ouvirmos pessoas que pregam a simplicidade e ignoram que as pessoas são consumistas inclusive, de si mesmas.

.:. A beleza interior de Narciso .:.

Segundo a Wikipédia, o narcisismo tem o seu nome derivado de Narciso e ambos derivam da palavra grega narke, que significa "entorpecido". Se isso é bom ou ruim sinceramente não faço a menor idéia. Em um mundo de tanto egoísmo e individualismo, que mal haveria em se entorpecer de si mesmo?

Vivemos numa busca incessante pelo belo, seja em que forma ele se faça. Buscamos a beleza da vida, da pele, do sorriso, do amor. Procuramos a graça no que nós julgamos ser bonito, o que definitivamente é um conceito totalmente relativo.

Platão dizia que o corpo é inimigo do espírito humano e que este é peregrino nesse mundo. Não precisaria ser nenhum filósofo para saber que o corpo se vai. Na verdade, a idade mostra isso através dos anos. O corpo envelhece e é a alma que fica.

Por quê cercear a vaidade, enaltecer a humildade e querer provar que não estamos nem aí para o que está no espelho? É certo que há uma linha tênue entre admirar-se e consumir-se. Mas, entorpecer - se de si vale a pena. Procurar enxergar no espelho aquilo que está refletido nos olhos . Por isso há frustração com as pessoas; esperar que elas façam o papel que somos designados a fazer: amar-se, idolatrar-se, admirar-se por dentro e por fora. Esse papel é nosso e se sentir-se feio, a culpa é nossa.

Considerar-se a cada dia melhor que alguém que não seja a você mesmo, trará o feio, o insosso. Cultivar o "belo" que você acredita é uma necessidade. Ser um pouco narcisista mas não ser egoísta é válido. Sem hiprocrisia afinal!

É um paradoxo, nessa sociedade de consumo que vivemos, ainda ouvirmos pessoas que pregam a simplicidade e ignoram que as pessoas são consumistas inclusive, de si mesmas.

.:. Eva .:.

Qual a graça dos cabelos jogados,
dos dedos entrelaçados, da unha colorida?
Qual motivo da fascinação
por olhar as pernas roçando,
os lábios falando,
o sorriso largado
ao vento num gargalhar?

Se queres o que é belo,
defina a si mesmo
o que é beleza.
Pois pra mim,
o rebolar desengonçado
o olhar esnobado
não há de fazer soar os sinos
e nem tampouco rugir os cílios.

Me faça entender
por que olha tanto,
se meu sorriso
aos montes eu vejo
em cada esquina e azulejos,
no reflexos dos carros a passar

Por quê desse encanto misterioso
de alguém que ansioso espreita,
de alguém que aguarda a colheita
dos beijos que nunca prometi dar?

Me olha como se fosse tua,
me deseja como se fosse a última
nesse mundo de Adão
e apenas uma Eva.

Desista de roubar meus encantos,
de ostentar meu brilho,
de polir meus cantos.

Seja seu amor de ti mesmo
e a mim esqueça.
E quem sabe na desilusão
de não mais ver-te,
meu amor enfim,
pós seu pranto, floresça.

.:. Eva .:.

Qual a graça dos cabelos jogados,
dos dedos entrelaçados, da unha colorida?
Qual motivo da fascinação
por olhar as pernas roçando,
os lábios falando,
o sorriso largado
ao vento num gargalhar?

Se queres o que é belo,
defina a si mesmo
o que é beleza.
Pois pra mim,
o rebolar desengonçado
o olhar esnobado
não há de fazer soar os sinos
e nem tampouco rugir os cílios.

Me faça entender
por que olha tanto,
se meu sorriso
aos montes eu vejo
em cada esquina e azulejos,
no reflexos dos carros a passar

Por quê desse encanto misterioso
de alguém que ansioso espreita,
de alguém que aguarda a colheita
dos beijos que nunca prometi dar?

Me olha como se fosse tua,
me deseja como se fosse a última
nesse mundo de Adão
e apenas uma Eva.

Desista de roubar meus encantos,
de ostentar meu brilho,
de polir meus cantos.

Seja seu amor de ti mesmo
e a mim esqueça.
E quem sabe na desilusão
de não mais ver-te,
meu amor enfim,
pós seu pranto, floresça.

.:. Erro logo, existo .:.

De que vale as amarguras da vida senão para pontuar os nossos erros?Somos seres munidos da possibilidade de errar a todo momento. Errar por querer mais do que alguém é capaz, errar por insistir no erro, errar por acreditar de olhos fechados, errar por duvidar de ouvidos abertos, errar por ser demais, errar por ser de menos, errar por esperar que sejam aquilo que você deseja e não aquilo que podem ser.

A cada momento temos a incrível capacidade de cometer mais erros e a importante missão de não repeti - los. Erramos por sermos fúteis, por sermos largados demais à própria sorte. A todo tempo estamos errando, mas o mais importante é aprender com eles.Não há que se cultivar traumas e tampouco mágoas, não há que se julgar o que deveria ou não ser feito, o que podemos é perceber as consequências do que realmente foi feito.E você acha que um dia isso cessa?Não! Chegaremos aos 90 errando e aprendendo. Haverá erros que se repetirão. O homem é um ser pensante e por isso errante. Pensamento antigo esse, do tempo da filosofia, vê quanto tempo já vimos errando?

O amor aparece aí, nesse momento, no ponto em que, se somos errantes, se todos o somos, só nos basta encontrar àqueles que estiverem dispostos aprenderem com seus erros, reconhecê-los e assim, trilhar seus caminhos juntos. Errando e aprendendo juntos. Reconhecendo no outro o espelho necessário para o nosso crescimento, nossa maturidade. Enquanto esperarmos a pessoa perfeita, seremos infelizes. E lá se vai mais um erro.

Não somos obrigados a conviver com pessoas por amor, nós escolhemos com quem partilhar nossos conhecimentos adquiridos ao longo da vida com os nossos "levantares". A troca, o mútuo deve existir, a parceria e a flexibilidade, o ceder mesmo dos seus mais amados momentos em função de construir algo diferente, que não seja para o "eu" e nem para o "você", e sim para o "nós".
A verdade é que simplesmente passar pela vida é muito fácil. O importante é que seja fácil viver. Porém, mesmo assim, tudo recomeça porque no final das contas, a felicidade está no que você deseja se tornar e não no que você é. E se tornar alguém é cometer erros e cometer erros torna a vida difícil (ah, se torna!), mas olhar pra trás e ver que é uma pessoa melhor a cada dia faz a vida valer a pena.É ser objeto da sua história e não apenas um observador dela.

.:. Erro logo, existo .:.

De que vale as amarguras da vida senão para pontuar os nossos erros?Somos seres munidos da possibilidade de errar a todo momento. Errar por querer mais do que alguém é capaz, errar por insistir no erro, errar por acreditar de olhos fechados, errar por duvidar de ouvidos abertos, errar por ser demais, errar por ser de menos, errar por esperar que sejam aquilo que você deseja e não aquilo que podem ser.

A cada momento temos a incrível capacidade de cometer mais erros e a importante missão de não repeti - los. Erramos por sermos fúteis, por sermos largados demais à própria sorte. A todo tempo estamos errando, mas o mais importante é aprender com eles.Não há que se cultivar traumas e tampouco mágoas, não há que se julgar o que deveria ou não ser feito, o que podemos é perceber as consequências do que realmente foi feito.E você acha que um dia isso cessa?Não! Chegaremos aos 90 errando e aprendendo. Haverá erros que se repetirão. O homem é um ser pensante e por isso errante. Pensamento antigo esse, do tempo da filosofia, vê quanto tempo já vimos errando?

O amor aparece aí, nesse momento, no ponto em que, se somos errantes, se todos o somos, só nos basta encontrar àqueles que estiverem dispostos aprenderem com seus erros, reconhecê-los e assim, trilhar seus caminhos juntos. Errando e aprendendo juntos. Reconhecendo no outro o espelho necessário para o nosso crescimento, nossa maturidade. Enquanto esperarmos a pessoa perfeita, seremos infelizes. E lá se vai mais um erro.

Não somos obrigados a conviver com pessoas por amor, nós escolhemos com quem partilhar nossos conhecimentos adquiridos ao longo da vida com os nossos "levantares". A troca, o mútuo deve existir, a parceria e a flexibilidade, o ceder mesmo dos seus mais amados momentos em função de construir algo diferente, que não seja para o "eu" e nem para o "você", e sim para o "nós".
A verdade é que simplesmente passar pela vida é muito fácil. O importante é que seja fácil viver. Porém, mesmo assim, tudo recomeça porque no final das contas, a felicidade está no que você deseja se tornar e não no que você é. E se tornar alguém é cometer erros e cometer erros torna a vida difícil (ah, se torna!), mas olhar pra trás e ver que é uma pessoa melhor a cada dia faz a vida valer a pena.É ser objeto da sua história e não apenas um observador dela.

10 de jun. de 2007

.:. Olhar cotidiano embaçado .:.

Meu sarcasmo está tímido hoje. Estou, diríamos, indignada mesmo. Ele está um tanto vesgo e embaçado após ler uma reportagem no jornal de hoje sobre o menino morto em Fevereiro.

“João Hélio: quatro meses depois, dor não cessa”.

Nem quatro meses depois e nem daqui a mil anos essa dor cessará, concordam? A mãe diz na reportagem que tenta não cultivar sentimentos ruins. Mas eu particularmente acho que a mídia não deixa ela se lembrar do filho como uma criança feliz; a mídia teima em resgatar as imagens do menino sendo arrastado, das manifestações, da revolta da população. Não foi feito luto, não foram choradas lágrimas de saudade ainda. Quatro meses depois e é só revolta, massificação da notícia.

João Hélio era um menino saudável que foi morto pela arma do desespero. A execução do crime foi idiota, quase atrapalhado, estabanado. Não existiu tática, nem tampouco, premeditação. O menino ficou preso no cinto circunstancialmente e pelo desespero da fuga, arrastado por vários quarteirões. Um crime ridículo se não fosse cruel. Alguns dos assassinos também são meninos e por isso, não foram julgados.

Quatro meses depois, a sociedade ainda chora, a mãe chora, a família chora e até eu chorei. A família transformou essa dor em luta e segue seus dias assim, sofrendo e lembrando do que aconteceu todo santo dia na esperança de que algo seja feito.

Normalmente tento ser positiva e cultivar a esperança de que tudo vai dar certo. Mas tenho visto tanta coisa que acabei ficando um pouco descrente. E sinceramente, eu duvido muito que as pessoas que poderiam fazer justiça nesse caso, encostem suas cabeças em seus travesseiros e percam seu sono por causa do filho de outrem. Provavelmente, explicam a seus pequeninos na hora de lhe cobrirem para dormir: “Dorme, filhinha, esse menininho agora virou um anjinho” e ponto final.

Eu sei! Eu Sei! É por pensamentos como estes meus que o Brasil não vai pra frente. Ora bolas, mania de culparmos uns aos outros pela desgraça do mundo. A minha parte eu faço: eu voto e por isso sim, a culpa é minha também. Uma andorinha não faz verão, mas várias no Congresso, na Câmara e na Presidência, talvez.

“Quatro meses e a dor não cessa”. Nem em quatro e nem em um zilhão de meses cessará. Por isso, eu cultivaria a saudade e não a revolta. Ainda vamos ler muito essa manchete...

.:. Olhar cotidiano embaçado .:.

Meu sarcasmo está tímido hoje. Estou, diríamos, indignada mesmo. Ele está um tanto vesgo e embaçado após ler uma reportagem no jornal de hoje sobre o menino morto em Fevereiro.

“João Hélio: quatro meses depois, dor não cessa”.

Nem quatro meses depois e nem daqui a mil anos essa dor cessará, concordam? A mãe diz na reportagem que tenta não cultivar sentimentos ruins. Mas eu particularmente acho que a mídia não deixa ela se lembrar do filho como uma criança feliz; a mídia teima em resgatar as imagens do menino sendo arrastado, das manifestações, da revolta da população. Não foi feito luto, não foram choradas lágrimas de saudade ainda. Quatro meses depois e é só revolta, massificação da notícia.

João Hélio era um menino saudável que foi morto pela arma do desespero. A execução do crime foi idiota, quase atrapalhado, estabanado. Não existiu tática, nem tampouco, premeditação. O menino ficou preso no cinto circunstancialmente e pelo desespero da fuga, arrastado por vários quarteirões. Um crime ridículo se não fosse cruel. Alguns dos assassinos também são meninos e por isso, não foram julgados.

Quatro meses depois, a sociedade ainda chora, a mãe chora, a família chora e até eu chorei. A família transformou essa dor em luta e segue seus dias assim, sofrendo e lembrando do que aconteceu todo santo dia na esperança de que algo seja feito.

Normalmente tento ser positiva e cultivar a esperança de que tudo vai dar certo. Mas tenho visto tanta coisa que acabei ficando um pouco descrente. E sinceramente, eu duvido muito que as pessoas que poderiam fazer justiça nesse caso, encostem suas cabeças em seus travesseiros e percam seu sono por causa do filho de outrem. Provavelmente, explicam a seus pequeninos na hora de lhe cobrirem para dormir: “Dorme, filhinha, esse menininho agora virou um anjinho” e ponto final.

Eu sei! Eu Sei! É por pensamentos como estes meus que o Brasil não vai pra frente. Ora bolas, mania de culparmos uns aos outros pela desgraça do mundo. A minha parte eu faço: eu voto e por isso sim, a culpa é minha também. Uma andorinha não faz verão, mas várias no Congresso, na Câmara e na Presidência, talvez.

“Quatro meses e a dor não cessa”. Nem em quatro e nem em um zilhão de meses cessará. Por isso, eu cultivaria a saudade e não a revolta. Ainda vamos ler muito essa manchete...

4 de jun. de 2007

.:. Viva as diferenças .:.

Mania estranha das pessoas acharem que os parâmetros corretos são sempre os nossos. Vestir-se de uma visão de mundo carregada de pré – conceitos e “achismos” infundados. Somos construídos e reconstruídos a todo tempo.

A relatividade cultural existe e isso é fato. É uma chance de tirar proveito dela como uma forma natural de acrescentar outras análises de vida. Conhecer outros gostos, outras manias e cultivar o respeito ao próximo. O pré-conceito atravanca o andamento das relações humanas.

Outro dia entrei num consultório e um senhor de longos cabelos brancos presos num rabo-de-cavalo baixo veio me receber. Hipocrisia minha dizer que não estranhei, mas certamente no mínimo fiquei curiosa imaginando o que o teria motivado adotar aquele estilo. Vale dizer que esse senhor é hoje meu neurologista e professor de uma universidade federal.

Podemos refletir sobre o que essas pessoas, tão diferentes de nós, têm a acrescentar. E a gente escolhe ser positivo ou negativo. Viva as diferenças ou se isole no seu próprio mundo cercado de pessoas iguais a você.

Ser eclético é ser autêntico na mesma proporção daqueles que se inserem em tribos urbanas e se vestem de uma identidade única. Gostar de provar de tudo um pouco e entender o que está por trás de cada manifestação é uma forma de autenticidade. Mas em contrapartida, ser como os seus, pode lhe trazer um constante aperfeiçoamento num assunto de interesse de um grupo comum.

O mais importante disso tudo é a forma como vemos as diferenças. Você escolhe ter uma visão micro ou macro e o resultado sempre é válido. Em contrapartida, ou o copo está meio cheio ou meio vazio. Eu no entanto, costumo dizer que o meu sempre está transbordando.

.:. Viva as diferenças .:.

Mania estranha das pessoas acharem que os parâmetros corretos são sempre os nossos. Vestir-se de uma visão de mundo carregada de pré – conceitos e “achismos” infundados. Somos construídos e reconstruídos a todo tempo.

A relatividade cultural existe e isso é fato. É uma chance de tirar proveito dela como uma forma natural de acrescentar outras análises de vida. Conhecer outros gostos, outras manias e cultivar o respeito ao próximo. O pré-conceito atravanca o andamento das relações humanas.

Outro dia entrei num consultório e um senhor de longos cabelos brancos presos num rabo-de-cavalo baixo veio me receber. Hipocrisia minha dizer que não estranhei, mas certamente no mínimo fiquei curiosa imaginando o que o teria motivado adotar aquele estilo. Vale dizer que esse senhor é hoje meu neurologista e professor de uma universidade federal.

Podemos refletir sobre o que essas pessoas, tão diferentes de nós, têm a acrescentar. E a gente escolhe ser positivo ou negativo. Viva as diferenças ou se isole no seu próprio mundo cercado de pessoas iguais a você.

Ser eclético é ser autêntico na mesma proporção daqueles que se inserem em tribos urbanas e se vestem de uma identidade única. Gostar de provar de tudo um pouco e entender o que está por trás de cada manifestação é uma forma de autenticidade. Mas em contrapartida, ser como os seus, pode lhe trazer um constante aperfeiçoamento num assunto de interesse de um grupo comum.

O mais importante disso tudo é a forma como vemos as diferenças. Você escolhe ter uma visão micro ou macro e o resultado sempre é válido. Em contrapartida, ou o copo está meio cheio ou meio vazio. Eu no entanto, costumo dizer que o meu sempre está transbordando.

15 de mai. de 2007

.:. Fala muito! .:.

Paguei minha conta de telefone. Talvez vocês possam me ajudar a entender o que leva uma pessoa a gastar rios de dinheiro em ligações. Você fica envolvido numa avalanche e quando percebe, lá vai seu salário.

Na busca incessante e raivosa comigo mesma de justificar o alto valor, confiro a conta detalhada para saber quem me ajudou a gastar essa fortuna de celular. Fiquei horas me divertindo, brincando de descobrir de quem eram os números com a conta numa mão e celular na outra. Não sabia? A conta detalhada serve pra isso! Ou vai me dizer que sabe os números de cor?Resultado: descobri que não há outro culpado que não seja eu. E pior, nessa brincadeira eu acabei gastando mais! Vou explicar... quando o número não aparecia no registro da agenda, eu ligava pra saber de onde era. Neurônios que me faltam! Por que fiz isso? Bom... essa é a próxima história.

Numa dessas conferências achei uma ligação para Meaípe, no Espírito Santo. Por que diabos eu ligaria para Meaípe? Tentei de todas as maneiras me lembrar se ao menos conhecia alguém de lá e nada. Um número fixo e mais de 20 minutos! Após arrancar todos os meus cabelos tive um raro momento de lucidez.

Estava cansada com minha rotina e pensei em como seria bom viajar um pouco. Combinei com alguns amigos de passar um feriado no Espírito Santo. Só nesse flash de memória descobri de quem era pelo menos outros quatro números. A preparação dessa viagem me custou uns bons trocados, mas o pior de tudo, é que eu não fiz o passeio e meus amigos sim.

A brincadeira começou a ficar sem graça quando achei algumas cobranças indevidas, mais sem graça ainda quando vi a quantidade de ligações que eu fiz para uma “canoa furada” e sem graça total quando cheguei na lista de chamadas a cobrar ... essa é a próxima.

Todos nós passamos por dificuldades e o que seria de nós se não pudéssemos contar com os nossos amigos? Tenho alguns que adotaram como estilo de vida me ligar a cobrar, sinceramente não me incomoda, mas gostaria de entender uma coisa. Por que eles deixam o celular tocar e quando eu atendo eles desligam? Será que nunca ouviram o que a mulher do telefone manda fazer? “Chamada a cobrar, para completá-la continue na linha após a identificação”. Continue na linha! O fato é que nessa brincadeira eu acabei pagando outros bons trocados, além das ligações de retorno obviamente. Mas amigo é pra essas coisas, né?

Por fim, passei horas nessa diversão que me fez perceber quatro coisas importantíssimas: não ligue de volta para saber de quem é o número; se programar viajar, viaje! Se souber que é “canoa furada” não ligue, oras! E por fim, chamada a cobrar, por favor, continue na linha!

.:. Fala muito! .:.

Paguei minha conta de telefone. Talvez vocês possam me ajudar a entender o que leva uma pessoa a gastar rios de dinheiro em ligações. Você fica envolvido numa avalanche e quando percebe, lá vai seu salário.

Na busca incessante e raivosa comigo mesma de justificar o alto valor, confiro a conta detalhada para saber quem me ajudou a gastar essa fortuna de celular. Fiquei horas me divertindo, brincando de descobrir de quem eram os números com a conta numa mão e celular na outra. Não sabia? A conta detalhada serve pra isso! Ou vai me dizer que sabe os números de cor?Resultado: descobri que não há outro culpado que não seja eu. E pior, nessa brincadeira eu acabei gastando mais! Vou explicar... quando o número não aparecia no registro da agenda, eu ligava pra saber de onde era. Neurônios que me faltam! Por que fiz isso? Bom... essa é a próxima história.

Numa dessas conferências achei uma ligação para Meaípe, no Espírito Santo. Por que diabos eu ligaria para Meaípe? Tentei de todas as maneiras me lembrar se ao menos conhecia alguém de lá e nada. Um número fixo e mais de 20 minutos! Após arrancar todos os meus cabelos tive um raro momento de lucidez.

Estava cansada com minha rotina e pensei em como seria bom viajar um pouco. Combinei com alguns amigos de passar um feriado no Espírito Santo. Só nesse flash de memória descobri de quem era pelo menos outros quatro números. A preparação dessa viagem me custou uns bons trocados, mas o pior de tudo, é que eu não fiz o passeio e meus amigos sim.

A brincadeira começou a ficar sem graça quando achei algumas cobranças indevidas, mais sem graça ainda quando vi a quantidade de ligações que eu fiz para uma “canoa furada” e sem graça total quando cheguei na lista de chamadas a cobrar ... essa é a próxima.

Todos nós passamos por dificuldades e o que seria de nós se não pudéssemos contar com os nossos amigos? Tenho alguns que adotaram como estilo de vida me ligar a cobrar, sinceramente não me incomoda, mas gostaria de entender uma coisa. Por que eles deixam o celular tocar e quando eu atendo eles desligam? Será que nunca ouviram o que a mulher do telefone manda fazer? “Chamada a cobrar, para completá-la continue na linha após a identificação”. Continue na linha! O fato é que nessa brincadeira eu acabei pagando outros bons trocados, além das ligações de retorno obviamente. Mas amigo é pra essas coisas, né?

Por fim, passei horas nessa diversão que me fez perceber quatro coisas importantíssimas: não ligue de volta para saber de quem é o número; se programar viajar, viaje! Se souber que é “canoa furada” não ligue, oras! E por fim, chamada a cobrar, por favor, continue na linha!

27 de abr. de 2007

.:. De cabeça pra baixo .:.

Imagino que o mundo esteja de cabeça para baixo em sua órbita. Penso ainda que os valores e os conceitos de virtude estejam trocados ou dissimulados em um jogo amoroso moderno beirando a canalhice. O mundo está do avesso? Ou fui eu quem parou no tempo? Pensemos...

Em conversa com uma amiga, peço alguns conselhos. Queria saber como me posicionar mediante uma situação nova. Para minha surpresa, recebi uma dica um tanto estranha mas, sensata para os dias de hoje: fui aconselhada a fazer o contrário das minhas vontades. Sentiu vontade de ligar, não ligue. Pensou em agradar?Pise. Quer ajudar?Deixe se virar. O mais assustador foi ouvir isso de várias pessoas diferentes. Bom, definitivamente, preciso de ajuda.

Cresci ouvindo valores de boa menina, regras, o certo e o errado bem definidos. Faltando pouco para os trinta descubro que estava fazendo tudo errado. Tentando entender a lógica disso tudo consigo chegar a um consenso. O mundo exige tanto de nós que não queremos ser exigidos por mais ninguém. Já é difícil coordenar o que conquistamos, nossos desejos e responsabilidades, e administrar sentimentos ficou em segundo plano. Faça o seu que eu faço o meu e a gente se esbarra. Essa é a nova ordem mundial.

É a seleção natural de Darwin chegando aos corações. Que vença o mais forte (ou quem tiver mais saco para levar esse joguinho). É uma guerra de sentimentos dissimulados e uma poda descontrolada de vontades em benefício do prolongamento de uma situação incerta. É bom viver no incerto? Eu sempre busquei segurança, parceria e cumplicidade.

Hoje em dia, as pessoas se querem, mas, não se precisam mais. O romantismo está nas tecnologias e não nas formas naturais. O romântico atual é aquele que manda torpedos, e-mails e "scraps" apaixonados no "orkut". Mandar flores? Quem morreu? Bombons?Engorda. Cartas de amor? Lúcia, acorda!

O mundo definitivamente está de cabeça pra baixo e é preciso dançar conforme a música. É a era do dinâmico e da velocidade. Os amores não duram mais. Aliás, a troca é acelerada. O amor deixou de inflamar corações e passou inflar o seu tempo disponível.

As pessoas foram acometidas por uma virose súbita e seu sintoma é a impressão de que o mundo vai acabar amanhã. Precisa-se ganhar dinheiro hoje, amar hoje, realizar-se hoje, ser feliz hoje, pois nunca se sabe o amanhã. E eu fico no meio disso tudo com vontade de voltar aos anos 30, frustrada com o século XXI e tentando entender a louca que resolveu queimar sutiã, pois hoje em dia, certamente ela pensaria duas vezes.

.:. De cabeça pra baixo .:.

Imagino que o mundo esteja de cabeça para baixo em sua órbita. Penso ainda que os valores e os conceitos de virtude estejam trocados ou dissimulados em um jogo amoroso moderno beirando a canalhice. O mundo está do avesso? Ou fui eu quem parou no tempo? Pensemos...

Em conversa com uma amiga, peço alguns conselhos. Queria saber como me posicionar mediante uma situação nova. Para minha surpresa, recebi uma dica um tanto estranha mas, sensata para os dias de hoje: fui aconselhada a fazer o contrário das minhas vontades. Sentiu vontade de ligar, não ligue. Pensou em agradar?Pise. Quer ajudar?Deixe se virar. O mais assustador foi ouvir isso de várias pessoas diferentes. Bom, definitivamente, preciso de ajuda.

Cresci ouvindo valores de boa menina, regras, o certo e o errado bem definidos. Faltando pouco para os trinta descubro que estava fazendo tudo errado. Tentando entender a lógica disso tudo consigo chegar a um consenso. O mundo exige tanto de nós que não queremos ser exigidos por mais ninguém. Já é difícil coordenar o que conquistamos, nossos desejos e responsabilidades, e administrar sentimentos ficou em segundo plano. Faça o seu que eu faço o meu e a gente se esbarra. Essa é a nova ordem mundial.

É a seleção natural de Darwin chegando aos corações. Que vença o mais forte (ou quem tiver mais saco para levar esse joguinho). É uma guerra de sentimentos dissimulados e uma poda descontrolada de vontades em benefício do prolongamento de uma situação incerta. É bom viver no incerto? Eu sempre busquei segurança, parceria e cumplicidade.

Hoje em dia, as pessoas se querem, mas, não se precisam mais. O romantismo está nas tecnologias e não nas formas naturais. O romântico atual é aquele que manda torpedos, e-mails e "scraps" apaixonados no "orkut". Mandar flores? Quem morreu? Bombons?Engorda. Cartas de amor? Lúcia, acorda!

O mundo definitivamente está de cabeça pra baixo e é preciso dançar conforme a música. É a era do dinâmico e da velocidade. Os amores não duram mais. Aliás, a troca é acelerada. O amor deixou de inflamar corações e passou inflar o seu tempo disponível.

As pessoas foram acometidas por uma virose súbita e seu sintoma é a impressão de que o mundo vai acabar amanhã. Precisa-se ganhar dinheiro hoje, amar hoje, realizar-se hoje, ser feliz hoje, pois nunca se sabe o amanhã. E eu fico no meio disso tudo com vontade de voltar aos anos 30, frustrada com o século XXI e tentando entender a louca que resolveu queimar sutiã, pois hoje em dia, certamente ela pensaria duas vezes.

24 de abr. de 2007

.:. Muita parcimônia nessa hora! .:.

Jabor falava de cortesia, saudosismo e romantismo; essas coisas que hoje em dia é tão raras quanto um “Desculpe-me”. Ao mesmo tempo em que folheava atentamente as páginas inspiradas de Arnaldinho, levantava os olhos e observava o contrário acontecendo. Em um trajeto rotineiro de travessia de uma baía, consigo ouvir no máximo, um “com licença”, motivado pela pressa de chegar logo ao trabalho.

Hoje acordei com a estranha vontade de ser cordial, distribuir sorrisos e bons desejos.

Iniciei minha jornada na portaria do meu prédio de onde saiu meu primeiro “vácuo”. Bom, entendo, afinal, como porteiro ele ainda faz bicos que o deixam sempre muito cansado. Decidi abstrair, afinal, meu campo de estudo ainda seria extenso até o meu destino.

No ponto de ônibus, fiz um sinal singelo e educado para que ele parasse; em retribuição, precisei dar uma corridinha até depois do ponto já que o motorista resolveu aproveitar o sinal verde e atravessá-lo antes que ele fechasse. Tudo bem, afinal, perder uns quilinhos não faz mal a ninguém. Ao entrar no ônibus, um “bom dia” ao trocador e pasmem, ele retribuiu. Claro que antes me perguntou se era cartão ou dinheiro, tudo bem, afinal, a roleta não pode esperar por um mero “bom dia”. Ao arrancar, o motorista sentiu que os passageiros estavam entediados e decidiu fazer uma brincadeira pra ver quem caía primeiro enquanto ele freava e acelerava. Confesso que adorei dançar o merengue ás 8:00 da manhã. Ao descer, tentei um “bom trabalho” e mais uma vez, no vácuo!

Poderia ter ficado estressada e descontado no próximo que cruzasse a minha frente, mas preferi sair por cima, fui solícita, educada e sempre com um belo sorriso no rosto.

Ao final do trajeto até eu já estava de saco cheio me achando uma idiota risonha. Eu queria mandar a educação pro quinto dos infernos, “com licença” já estava virando “sai da frente” e “bom trabalho” só se fosse o seu, porque o meu, já não aguento mais.

É... as pessoas estão intolerantes mesmo. Não estão se aturando porque nem elas têm aturado a si próprias. Somos contaminadas pela rotina e a perseverança em manter a cortesia vai por água a baixo ao perceber que ninguém mais se importa com isso. É o "cada um com seu cada um".

Pessoas são obrigadas a conviver uma com as outras e estranhamente, muitas vezes elas não se esforçam para fazer desse convívio um momento diário agradável. Somos literalmente atropeladas pela corrida do cotidiano, passando por cima também da cordialidade e da educação.

De qualquer forma, vale tentar. Desculpem - me a indignação e tenham todos um bom dia. Obrigada!

.:. Muita parcimônia nessa hora! .:.

Jabor falava de cortesia, saudosismo e romantismo; essas coisas que hoje em dia é tão raras quanto um “Desculpe-me”. Ao mesmo tempo em que folheava atentamente as páginas inspiradas de Arnaldinho, levantava os olhos e observava o contrário acontecendo. Em um trajeto rotineiro de travessia de uma baía, consigo ouvir no máximo, um “com licença”, motivado pela pressa de chegar logo ao trabalho.

Hoje acordei com a estranha vontade de ser cordial, distribuir sorrisos e bons desejos.

Iniciei minha jornada na portaria do meu prédio de onde saiu meu primeiro “vácuo”. Bom, entendo, afinal, como porteiro ele ainda faz bicos que o deixam sempre muito cansado. Decidi abstrair, afinal, meu campo de estudo ainda seria extenso até o meu destino.

No ponto de ônibus, fiz um sinal singelo e educado para que ele parasse; em retribuição, precisei dar uma corridinha até depois do ponto já que o motorista resolveu aproveitar o sinal verde e atravessá-lo antes que ele fechasse. Tudo bem, afinal, perder uns quilinhos não faz mal a ninguém. Ao entrar no ônibus, um “bom dia” ao trocador e pasmem, ele retribuiu. Claro que antes me perguntou se era cartão ou dinheiro, tudo bem, afinal, a roleta não pode esperar por um mero “bom dia”. Ao arrancar, o motorista sentiu que os passageiros estavam entediados e decidiu fazer uma brincadeira pra ver quem caía primeiro enquanto ele freava e acelerava. Confesso que adorei dançar o merengue ás 8:00 da manhã. Ao descer, tentei um “bom trabalho” e mais uma vez, no vácuo!

Poderia ter ficado estressada e descontado no próximo que cruzasse a minha frente, mas preferi sair por cima, fui solícita, educada e sempre com um belo sorriso no rosto.

Ao final do trajeto até eu já estava de saco cheio me achando uma idiota risonha. Eu queria mandar a educação pro quinto dos infernos, “com licença” já estava virando “sai da frente” e “bom trabalho” só se fosse o seu, porque o meu, já não aguento mais.

É... as pessoas estão intolerantes mesmo. Não estão se aturando porque nem elas têm aturado a si próprias. Somos contaminadas pela rotina e a perseverança em manter a cortesia vai por água a baixo ao perceber que ninguém mais se importa com isso. É o "cada um com seu cada um".

Pessoas são obrigadas a conviver uma com as outras e estranhamente, muitas vezes elas não se esforçam para fazer desse convívio um momento diário agradável. Somos literalmente atropeladas pela corrida do cotidiano, passando por cima também da cordialidade e da educação.

De qualquer forma, vale tentar. Desculpem - me a indignação e tenham todos um bom dia. Obrigada!

16 de abr. de 2007

.:. Um novo jeans .:.

Positivamente pensamos em dar um passo a frente em busca de coisas que cismou em almejar neste instante. Nada do que tenha sonhado a vida inteira, nada que tenha feito parte dos seus planos de vida, apenas algo que você cismou e é o seu norte nesse momento.

Seguir em frente requer a decisão de deixar alguma coisa pra trás. Significa mudar as prioridades, abdicar de algumas coisas. E é aí que desperta o receio de tentar algo novo. Passagens de nossas vidas muitas vezes são como um jeans velho. Cheio de histórias, rasgos, com a aparência surrada de quem viveu. E você olha para a vida como se olha pra o jeans e sente a dor de se desvencilhar dele. Com ele vai um pedacinho da sua vida, e mesmo que já não faça mais sentido guardá-lo, ainda há a lembrança do que viveu.

Mudar o rumo das coisas nos obriga a nos desprender de algo que é para torna-se. Construir, moldar-se e finalmente recomeçar tudo. Pois é, a vida é um ciclo. Muitos jeans serão rasgados porque sempre é hora de iniciar novos objetivos. Vestir-se de um novo modelo pronto para entrar em nova jornada.

Não tem nada a ver com o que viveu, pelo que passou, pelo que sentiu. Simplesmente é hora de abrir a gaveta da vida e renovar as lembranças. É hora de fazer a faxina na alma. E hora de ser feliz de um jeito diferente, nem melhor e nem pior, apenas diferente.

.:. Um novo jeans .:.

Positivamente pensamos em dar um passo a frente em busca de coisas que cismou em almejar neste instante. Nada do que tenha sonhado a vida inteira, nada que tenha feito parte dos seus planos de vida, apenas algo que você cismou e é o seu norte nesse momento.

Seguir em frente requer a decisão de deixar alguma coisa pra trás. Significa mudar as prioridades, abdicar de algumas coisas. E é aí que desperta o receio de tentar algo novo. Passagens de nossas vidas muitas vezes são como um jeans velho. Cheio de histórias, rasgos, com a aparência surrada de quem viveu. E você olha para a vida como se olha pra o jeans e sente a dor de se desvencilhar dele. Com ele vai um pedacinho da sua vida, e mesmo que já não faça mais sentido guardá-lo, ainda há a lembrança do que viveu.

Mudar o rumo das coisas nos obriga a nos desprender de algo que é para torna-se. Construir, moldar-se e finalmente recomeçar tudo. Pois é, a vida é um ciclo. Muitos jeans serão rasgados porque sempre é hora de iniciar novos objetivos. Vestir-se de um novo modelo pronto para entrar em nova jornada.

Não tem nada a ver com o que viveu, pelo que passou, pelo que sentiu. Simplesmente é hora de abrir a gaveta da vida e renovar as lembranças. É hora de fazer a faxina na alma. E hora de ser feliz de um jeito diferente, nem melhor e nem pior, apenas diferente.

4 de abr. de 2007

.:. Brasileira não desiste nunca! .:.

Poderia ser uma terça – feira como outra qualquer. Aquelas terças em que você está tentando dar prosseguimento a algo que começou na segunda; uma dieta, um livro, um curso e ainda se sente motivado. Na terça, o happy hour é despropositado, ou seja, não é pra desestressar, mas, para confraternizar.

Num desses botequins – pizzaria, tipo “parada obrigatória”, vejo um imenso número de pessoas atentas à televisão e foi quando percebi que naquele momento, eu estava totalmente fora do mundo.Eu não estava assistindo à final do Big Brother! Como assim?!

Compenetradíssimas, as pessoas faziam um coro de “shhh” a cada comentário de alguém que imaginou que a sua opinião era mais importante do que a transmissão das sábias palavras da loira popozuda da baixada.

As mulheres da pizzaria em questão disparavam os típicos comentários invejosos em cima das suas rivais televisivas. Sim, rivais! Ora, a mulher se produz toda e sai de casa na intenção de ser olhada, admirada. Mas naquela hora, os olhares são para a TV e suas cenas da piscina. Na hora do comercial quem sabe haveria espaço para uma paquera real, mas por enquanto, ficavam felizes em apenas ver sem “pegar”.

Havia um burburinho acerca de um tal beijo que nunca saiu. Uma expectativa, uma ansiedade como se o casal fosse perder a virgindade em público. Era um beijo que havia sido prolongado durante os três meses do programa entre joguinhos de amor, dissimulações, quase uma novela mexicana no BBB. O casal ficou famoso por isso e a menina levou a ferro e fogo, até a hora que ela saiu do programa, esse jogo duro. Seu par romântico teve mais sorte e ganhou a bolada de 1 milhão. Vitória previsível, mas saborosa, pois agora, nada impedia de que o beijo suado acontecesse. E quando o bendito beijo sai, um rapaz munido com seu espírito de porco e machismo, aquele mesmo rapaz que se diverte incomodando, finalmente consegue o seu minuto de fama com o melhor comentário da noite: “Ah é, né Siri?Quando ele tava duro você não queria, né?”.Bastou para todas as pessoas irem abaixo gargalhando. Era o momento em que ele se sentiu no Big Brother. Era o momento dele.

Ao final do programa, mais uns 20 minutos de reflexão acerca desse tema de interesse nacional, e as meninas, antes trocadas pelas popozudas, respiram aliviadas pois é chegada a sua hora! Será? Engano seu. Imediatamente a pizzaria munida do seu telão super potente, se encarrega de mudar o canal. Bom, paciência meninas, afinal um brasileiro que se preze não troca o clássico Bayern versus Manchester United por uma paquera, né? Vai entender ...

.:. Brasileira não desiste nunca! .:.

Poderia ser uma terça – feira como outra qualquer. Aquelas terças em que você está tentando dar prosseguimento a algo que começou na segunda; uma dieta, um livro, um curso e ainda se sente motivado. Na terça, o happy hour é despropositado, ou seja, não é pra desestressar, mas, para confraternizar.

Num desses botequins – pizzaria, tipo “parada obrigatória”, vejo um imenso número de pessoas atentas à televisão e foi quando percebi que naquele momento, eu estava totalmente fora do mundo.Eu não estava assistindo à final do Big Brother! Como assim?!

Compenetradíssimas, as pessoas faziam um coro de “shhh” a cada comentário de alguém que imaginou que a sua opinião era mais importante do que a transmissão das sábias palavras da loira popozuda da baixada.

As mulheres da pizzaria em questão disparavam os típicos comentários invejosos em cima das suas rivais televisivas. Sim, rivais! Ora, a mulher se produz toda e sai de casa na intenção de ser olhada, admirada. Mas naquela hora, os olhares são para a TV e suas cenas da piscina. Na hora do comercial quem sabe haveria espaço para uma paquera real, mas por enquanto, ficavam felizes em apenas ver sem “pegar”.

Havia um burburinho acerca de um tal beijo que nunca saiu. Uma expectativa, uma ansiedade como se o casal fosse perder a virgindade em público. Era um beijo que havia sido prolongado durante os três meses do programa entre joguinhos de amor, dissimulações, quase uma novela mexicana no BBB. O casal ficou famoso por isso e a menina levou a ferro e fogo, até a hora que ela saiu do programa, esse jogo duro. Seu par romântico teve mais sorte e ganhou a bolada de 1 milhão. Vitória previsível, mas saborosa, pois agora, nada impedia de que o beijo suado acontecesse. E quando o bendito beijo sai, um rapaz munido com seu espírito de porco e machismo, aquele mesmo rapaz que se diverte incomodando, finalmente consegue o seu minuto de fama com o melhor comentário da noite: “Ah é, né Siri?Quando ele tava duro você não queria, né?”.Bastou para todas as pessoas irem abaixo gargalhando. Era o momento em que ele se sentiu no Big Brother. Era o momento dele.

Ao final do programa, mais uns 20 minutos de reflexão acerca desse tema de interesse nacional, e as meninas, antes trocadas pelas popozudas, respiram aliviadas pois é chegada a sua hora! Será? Engano seu. Imediatamente a pizzaria munida do seu telão super potente, se encarrega de mudar o canal. Bom, paciência meninas, afinal um brasileiro que se preze não troca o clássico Bayern versus Manchester United por uma paquera, né? Vai entender ...

29 de mar. de 2007

.:. Seja o que é .:.

Observando as relações humanas, pontuarei uma ocasião específica: o encontro entre amigos. Um momento em que você tem o aval de não saber, necessariamente, a cotação da bolsa de valores. 

Não precisa parecer inteligente ou demonstrar-se como tal. Simplesmente você pode descarregar todos os pensamentos chulos, fúteis e em algum momento, se assim a ocasião permitir, dizer algo “inteligente”. O fato é que sempre há algo a acrescentar e isso é feito despretensiosamente.

Percebo ainda as diferentes necessidades de se fazer ouvir (como eu aqui nesse Blog). Você precisa ser ouvido! Histórias são contadas, muitas delas são “causos” que culminam em muitos risos ou, em muitas lágrimas. O ponto principal é que você pode fazer o que quiser, afinal, eles já te conhecem. Um momento sempre especial em que você pode ser o que o seu estado de espírito lhe conduz. Um momento light.

.:. Seja o que é .:.

Observando as relações humanas, pontuarei uma ocasião específica: o encontro entre amigos. Um momento em que você tem o aval de não saber, necessariamente, a cotação da bolsa de valores. 

Não precisa parecer inteligente ou demonstrar-se como tal. Simplesmente você pode descarregar todos os pensamentos chulos, fúteis e em algum momento, se assim a ocasião permitir, dizer algo “inteligente”. O fato é que sempre há algo a acrescentar e isso é feito despretensiosamente.

Percebo ainda as diferentes necessidades de se fazer ouvir (como eu aqui nesse Blog). Você precisa ser ouvido! Histórias são contadas, muitas delas são “causos” que culminam em muitos risos ou, em muitas lágrimas. O ponto principal é que você pode fazer o que quiser, afinal, eles já te conhecem. Um momento sempre especial em que você pode ser o que o seu estado de espírito lhe conduz. Um momento light.

25 de mar. de 2007

.:. E Deus criou o mundo ... o começo .:.

O ser humano é um ser realmente muito engraçado...

O quê nos leva a imaginar que outras pessoas têm interesse em saber o que se passa na nossa cabeça? O quê nos faz acreditar que o que dizemos é interessante?

Escrever num blog me soa quase um “Quem te perguntou?”, afinal, o sujeito escreve qualquer coisa para ninguém, ou pior, pra todo mundo!Mas acreditamos firmemente que seremos ouvidos e funciona quase como uma terapia, um momento de reflexão do nada sobre coisa nenhuma e assim vamos falando com ninguém. Bom, eu disse que o ser humano é engraçado?Desculpe, o adjetivo é louco!

De qualquer forma, daqui por diante, estarei aqui relatando minhas observações sobre o cotidiano. Não achem que me excluirei dele! De jeito nenhum! Na verdade será uma visão de mundo de alguém tão louco quanto ele.

Estarei inserida como protagonista, coadjuvante e voyeur. Ah!Importante dizer que sou mulher, de quase trinta e munida de uma TPM que não passará batida em minhas observações, portanto, paciência.
Boa noite e se divirtam no nosso blog!

.:. E Deus criou o mundo ... o começo .:.

O ser humano é um ser realmente muito engraçado...

O quê nos leva a imaginar que outras pessoas têm interesse em saber o que se passa na nossa cabeça? O quê nos faz acreditar que o que dizemos é interessante?

Escrever num blog me soa quase um “Quem te perguntou?”, afinal, o sujeito escreve qualquer coisa para ninguém, ou pior, pra todo mundo!Mas acreditamos firmemente que seremos ouvidos e funciona quase como uma terapia, um momento de reflexão do nada sobre coisa nenhuma e assim vamos falando com ninguém. Bom, eu disse que o ser humano é engraçado?Desculpe, o adjetivo é louco!

De qualquer forma, daqui por diante, estarei aqui relatando minhas observações sobre o cotidiano. Não achem que me excluirei dele! De jeito nenhum! Na verdade será uma visão de mundo de alguém tão louco quanto ele.

Estarei inserida como protagonista, coadjuvante e voyeur. Ah!Importante dizer que sou mulher, de quase trinta e munida de uma TPM que não passará batida em minhas observações, portanto, paciência.
Boa noite e se divirtam no nosso blog!