26 de dez. de 2007

.:. Boas entradas .:.

No final do ano passado um amiga com dotes adivinhatórios havia me dito que 2007 seria o ano em que tudo o que tivesse que ser feito, seria feito e tudo que tivesse de ser defeito, se desfaria. A maioria acabou se realizando e confesso que pelo meu balanço anual, se ela não fosse tão minha amiga, acreditaria que ela estaria me gorando.

Fim do ano é aquele momento em que pensamos no que fizemos sem o perigo de desenvolver o sentimento de arrependimento sob a desculpa da “reflexão”. É também quando tentamos imaginar como faremos no ano seguinte para, ao final dele, descobrirmos que fizemos exatamente do mesmo jeito. Cometemos muitos dos erros que prometemos não cometer. Comemos toda a “porcaria” que prometemos não comer – é isso mesmo que você pensou. E realizamos menos 10% das metas irreais que traçamos - tipo ficar rica, fazer uma viagem, tirar férias (pra mim é irreal, ué!).

Esse momento entre a fantasia e a realidade dura exatamente 1 semana. Tempo suficiente para perceber o quão afastados estamos da nossa família, perceber o real significado da expressão “Eu te amo” durante a ceia de Natal e fazer planos, muitos planos; um deles é emagrecer - promessa tão tradicional quanto a ceia que a estimula.

A frase “No ano que vem eu vou...” já começa desmoralizada. Mania de deixar pra depois! Por que não começa logo assim que teve a idéia?Por que começar a economizar apenas 7 dias depois?Por que não começar a dieta já? Deixar para o ano que vem desanima, dá preguiça de tudo. Talvez suas idéias mudem ou você simplesmente perceba que não precisa de nada do que prometeu.

Outra situação clássica de fim de ano são as superstições. Impressionante o desespero de levar boas vibrações para o ano seguinte a ponto de concentrarmos nossas energias em um saco de lentilhas, nas primeiras sete ondas do ano, em cachos de uva. Pode parecer inocente, mas acho que deveríamos nos concentrar na bebida e não causar um acidente ou pagar chacota nas comemorações. Caso contrário, suas primeiras vibrações do ano poderão ser algumas dores de cabeça ou sirene de ambulância e polícia.

Por fim, vale a pena pensar positivo e se concentrar nas suas aspirações para o próximo ano como metas a serem alcançadas e desafios. Com certeza as energias conspirarão ao seu favor mesmo delimitando seus objetivos com um cacho de uvas na mão e saltitando feito uma cabrita sobre as ondas de qualquer praia. Deixe que a roupinha branca meio "gatinha – molhada" e a falta de destreza em segurar as sandálias, taça de cidra, as uvas e ainda pular as ondas sem se molhar tanto, funcionem apenas como um marco do dia em que você parou para estipular que pessoa quer ser no ano que vem.

Feliz Ano Novo e boas entradas (isso aí que você está pensando também)!

1 comentários:

Anônimo disse...

Lú,

A promessa da dieta, desculpe-me, mas vai continuar na lista de 2008.
Já havia falado que eu não sabia mais o real sentido da palavra prosperidade...
Eu não quero nada de prosperidade, eu nem sei bem o que é isso...
Eu quero muito mais do que um próspero ano novo, e pular as ondinhas, ah!!! isso eu já faço no automático... Mas este ano vou tentar a gata molhada, pra ver se as coisas mudam.
Acho engraçado até pq todo ano eu troco de caderno na faculdade pra renovar a esperança, e juro, meu caderno todo ano tem 90% de folhas brancas, e os outros 10% eu escrevo omeu nome inteiro, compulsivamente (diz a psicologia que isto é a necessidade de auto-afirmação. Que seja!!!)
Então ano que vem eu só quero é me formar, para obrigar um aumento de salário.. e poder continuar botando gasolina no paçante e saindo sem rumo.
Até março eu já sei que não tem ninguém prestando mesmo.
Viva 2008.. saúde e paz, e chandon.. por favor!!!!

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