19 de set. de 2007

.:. Cada louco com sua leitura .:.

Aprendi a não ter remorso por não terminar de ler um livro, da mesma forma que aprendi a admirar àqueles que me prendem até o final. Tenho compulsão por ler e ler de tudo; desde bula de remédio até jornal dos outros no ponto de ônibus. Ah! Aprendi a me controlar também, pois já estava ficando uma pessoa inconveniente.

Acredito que somos o que lemos, do mesmo modo que lemos um pouco do que somos. Eu tinha um temperamento eclético (existe isso?) e, por isso, escolhia o próximo livro de acordo com o pé com que eu acordava: pé direito é comédia, pé esquerdo é drama. Aprendi que é preciso se colocar de castigo e aprender a ler o avesso do seu humor porque faz muito bem.

Um exemplo disso foi o último livro que li que fala sobre inveja. Nunca imaginei que fosse gostar tanto de folhear sobre algo que tenho tamanho asco. Fiquei uma semana com fixação por inveja. Observava as pessoas na rua e analisava: “Aquele ali tem cara de invejoso” e dava conselhos tendenciosos: “Ihhh, isso é inveja!”. Mas algumas questões sobre esse assunto foram esclarecidas e ainda me acrescentaram bons parâmetros de vida. Porém, precisei me forçar a ler sobre o que não gostava. Obrigada, Zuenir Ventura.

No meu dia-a-dia, fujo de livrarias como o diabo foge da cruz. Não há coração que agüente minha compulsão, que não é por comprar livros, e sim, pela vontade de lê-los. Ao entrar numa livraria do centro da cidade, tenho taquicardia e frenesi por todas as sessões. Não sei por quê aprender sobre macroeconomia, por exemplo, poderia me acrescentar algo se nem me lembro mais da tabuada! Ou por quê diabos eu preciso ler Harry Potter em inglês?! O fato é que tenho vontade, vontade e mais vontade daquelas de grávida, super criativa, que vai de guia de ruas até os raríssimos clássicos.

Hoje sou mais criteriosa com o que leio. Estava me tornando uma pessoa muito questionadora por ler autores que queriam ajudar ensinando a se auto-ajudar, mas que, no fundo, só me confundiam me fazendo refletir muito e obter poucas respostas realmente concretas. Não quero mais saber quem mexeu no meu queijo. Quero saber a origem do queijo! Não quero mais entender porque o pai é rico ou o pai é pobre. Eu quero saber como o filho enriqueceu!

Brincadeiras à parte, me preocupa o que está sendo lido e as conseqüências desse hábito na vida das pessoas. Mas, ao mesmo tempo, fico feliz que leiam e cultivem suas manias de leitura. O quê? Quais são as minhas manias? Uma apenas: os meus livros... eu não empresto! Mas estou mais organizada em relação a tudo isso. Passei também a comprar meu próprio jornal e o mais importante foi que consegui otimizar meus gastos com livros. Mas esses, não me peçam. Eu não empresto! Cada louco com sua mania, não é?

.:. Cada louco com sua leitura .:.

Aprendi a não ter remorso por não terminar de ler um livro, da mesma forma que aprendi a admirar àqueles que me prendem até o final. Tenho compulsão por ler e ler de tudo; desde bula de remédio até jornal dos outros no ponto de ônibus. Ah! Aprendi a me controlar também, pois já estava ficando uma pessoa inconveniente.

Acredito que somos o que lemos, do mesmo modo que lemos um pouco do que somos. Eu tinha um temperamento eclético (existe isso?) e, por isso, escolhia o próximo livro de acordo com o pé com que eu acordava: pé direito é comédia, pé esquerdo é drama. Aprendi que é preciso se colocar de castigo e aprender a ler o avesso do seu humor porque faz muito bem.

Um exemplo disso foi o último livro que li que fala sobre inveja. Nunca imaginei que fosse gostar tanto de folhear sobre algo que tenho tamanho asco. Fiquei uma semana com fixação por inveja. Observava as pessoas na rua e analisava: “Aquele ali tem cara de invejoso” e dava conselhos tendenciosos: “Ihhh, isso é inveja!”. Mas algumas questões sobre esse assunto foram esclarecidas e ainda me acrescentaram bons parâmetros de vida. Porém, precisei me forçar a ler sobre o que não gostava. Obrigada, Zuenir Ventura.

No meu dia-a-dia, fujo de livrarias como o diabo foge da cruz. Não há coração que agüente minha compulsão, que não é por comprar livros, e sim, pela vontade de lê-los. Ao entrar numa livraria do centro da cidade, tenho taquicardia e frenesi por todas as sessões. Não sei por quê aprender sobre macroeconomia, por exemplo, poderia me acrescentar algo se nem me lembro mais da tabuada! Ou por quê diabos eu preciso ler Harry Potter em inglês?! O fato é que tenho vontade, vontade e mais vontade daquelas de grávida, super criativa, que vai de guia de ruas até os raríssimos clássicos.

Hoje sou mais criteriosa com o que leio. Estava me tornando uma pessoa muito questionadora por ler autores que queriam ajudar ensinando a se auto-ajudar, mas que, no fundo, só me confundiam me fazendo refletir muito e obter poucas respostas realmente concretas. Não quero mais saber quem mexeu no meu queijo. Quero saber a origem do queijo! Não quero mais entender porque o pai é rico ou o pai é pobre. Eu quero saber como o filho enriqueceu!

Brincadeiras à parte, me preocupa o que está sendo lido e as conseqüências desse hábito na vida das pessoas. Mas, ao mesmo tempo, fico feliz que leiam e cultivem suas manias de leitura. O quê? Quais são as minhas manias? Uma apenas: os meus livros... eu não empresto! Mas estou mais organizada em relação a tudo isso. Passei também a comprar meu próprio jornal e o mais importante foi que consegui otimizar meus gastos com livros. Mas esses, não me peçam. Eu não empresto! Cada louco com sua mania, não é?