26 de dez. de 2007

.:.Umas das bobagens mais interessantes que já li ... nas últimas horas .:.

Martin Poole

O Relato de Um Homem
"Tudo bem... queremos meninas legais, bonitas, inteligentes e boazinhas..Muito FÁCIL falar, pois quando aparece uma assim, de bandeja, a primeira coisa que a gente pensa é: Oba, me dei bem. Ficamos com ela uma vez, duas. Começamos a pensar que essa é a mulher que as nossas mães gostariam de ter como noras, aquela que queremos pra uma vida toda. Se sair um relacionamento, vai ser uma relação estável. Você vai buscá-la nos lugares, vocês vão ao cinema, num barzinho, carinho... Tudo básico, até virar uma rotina sem graça.. Você vai olhar os caras bem vestidos e bem humorados indo pra noite arrasar com a mulherada e vai sentir inveja. Vai sentir falta de dar aquelas cantadas infalíveis na noite, falta de dar umas olhadas pra uma gata, ou de dar aquela dançadinha mais provocativa na pista.. Você pensa: Acho que não estou pronto pra isso, pra me enclausurar pro resto da vida nesse relacionamento. E a boa menina se transforma numa mala, e aos poucos vai surgindo um nojo dela, uma aversão. Quando você vê o nome dela no celular, não dá vontade de atender... JÁ ERA. Daí aquela promessa de vida estável vai por água a baixo, se a menina não se dá conta, a gente começa a ser grosso, muito grosso e a se afastar. E a menina pensa: O que eu fiz? Coitada, ela não fez nada, a culpa é nossa mesmo. Aí a gente volta pra nossa vidinha, que a gente odiava até semanas atrás. A gente não vê a hora de sair e arrasar na noite.. ou pegar aquela mulher gostosona que sempre quisemos. GRANDE DESILUSÃO. Você chega em casa depois da noitada, sozinho e fica tentando descobrir porque você não está satisfeito. De repente foi porque a menina da night, a linda, gostosa, misteriosa.. ficou contigo, mas nem sequer pediu o número do seu telefone. FRUSTRAÇÃO. Daí, por mais que não queira, você pensa na sua menina boazinha que deixou pra trás, ela podia ter os seus defeitos, mas era legal, ficava ao seu lado te dando valor.. (e você nem ao menos merecia) enquanto isso a boa menina, chateada.. custa a entender o que ela fez pra você ter se afastado dela, daí essa dúvida vira angústia, que vira raiva e vc cai no esquecimento.O tempo passa e a gente continua na mesma.. volta a reclamar da vida e das MULHERES. Elas só querem as coisas com homens cachorros e não nos dão valor.. ou será que fomos NÓS os cachorros? Elas são assim por culpa nossa. A mulher da night hoje, era a boa menina de outro homem ontem, e assim sucessivamente.. Provavelmente, essa nossa ex-boazinha, está enlouquecendo a cabeça de outro homem por aí. E eu a perdi para sempre, ela virou a mulher enlouquecedora que encontrei na balada e ela? nem olhou pra mim! (mas estava mais linda do que nunca) .
(Autor desconhecido)

5 comentários:

Carol disse...

Eu sou a menina má que presta pra uns e pra outros não.
As vezes sou mega boazinha, e as vezes de boazinha só o meu nome (que eu acho bonitinho e fofo. Cortei franjinha, fiquei mais menina levada.. tentando atrair outro tipo de pessoas.. hehehe.
Eu sou natural, pq do natural é que todo mundo gosta.
Me encanta aqueles que sabem o seu valor.
Eu quero ler este livro.. por favor!!!
rs....

fred girauta disse...

eu acho que o buraco é mais embaixo...
não importa quem tenha escrito o texto, homem ou mulher.
importa é que é um texto de quem, com certeza, nunca amou na vida...
um texto de quem talvez nunca tenha se apaixonado de verdade também!

Naty disse...

Muito bom... Deve ser assim mesmo, né?

Tiago disse...

Aconteceu exatamente isso comigo..

O Leitor Pinhalense disse...

Lúcia,

O texto é uma bela introdução à uma tese antropológica do comportamento pós adolescente da atual geração entre 18 e 30 anos.
O autor (ou autora) descreve o círculo vicioso dos relacionamentos superficiais dos jovens casais casuais. A ótica é claramente masculina, com o prazer descompromissado como fio condutor das ligações estritamente sexuais.
O homem, neste caso, chama para si um tipo de comportamento que está "na moda" entre os jovens de hoje: o ficar e ter prazer pelo prazer, com alta rotatividade de parceiras e parceiros. É a relação descartável e que se fica estável, perde seu valor, sua finalidade.
Para o autor(a), é o homem que tem essa personalidade e, por força de seus atos, cria uma personalidade idêntica na mulher, que passa a aderir ao sistema e também utilizar o homem como mero objeto sexual, de prazer vulgar e passageiro.
O texto sugere ainda, subliminarmente, o desprovimento de sentimentos e de opções na mulher, que acaba aderindo ao jogo da superficialidade e da descartabilidade das relações proposto (ou imposto) pelo homem.
O mais triste de tudo é a também sugestão das entrelinhas de que a mulher adota tal comportamento por estar alienada de sua condição como ser humano (não apenas uma máquina de instintos) e se entregar automaticamente, mecanicamente, ao círculo vicioso de homem "Macunaíma", um herói sem caráter.
Ainda acredito numa parcela (mesmo que pequena) de mulheres e homens que são bem mais do que testosterona e estrógeno, e que tenham uma vida muito mais rica para viver a dois.
J. Oswaldo Cardoso

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