Em tempos de internet o que se vê é julgamento. São muitos pseudos moralistas vendo a tela do computador como uma novela. Acompanhando o desenrolar da vida alheia.
Na era de Cristo uma mulher infiel era apedrejada. Após mais de 2 mil anos continua a mesma coisa. Numa realidade de vidas expostas, contrapondo a vidas opostas, numa tentativa de burlar a vida real, as pessoas seguem numa tentativa de parecerem o que não são, de esconder o que querem e de julgar o que não podem.
Caetano já dizia que cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, e também colhe os louros de suas próprias atitudes em uma rede social pouco cerimoniosa.
O que cabe a nós, telespectadores da vida alheia? O silêncio? Sim. O bom senso? Sim. E aos que "pecam"? Colher seus frutos.
Em tempos de cidade pequena o que se vê é julgamento. São muitos pseudo moralistas, com notinhas na mercearia vencidas vendo a vida pela janela como uma novela. Acompanhando o desenrolar da vida alheia.
Na era de vovó, os casamentos eram duradouros, muitas vezes infelizes, muitas vezes sacrificantes. Mas, como já diz o ditado popular: cada um sabe onde o calo aperta. E cada um colhe os olhares sob suas atitudes na fila do pão na padaria de manhã.
O tempo pouco muda sistemas enraizados, culturas estipuladas, costumes descidos pela goela. Pouco se respeita das questões individuais. Muito se exige sobre convenções sociais.
E o que cabe a nós? Limite e respeito. Mais nada.