31 de out. de 2011

Distância


Namorar a distância é uma delícia. Ou não. 

Todo dia bate uma saudade e cada reencontro é garantia de que o abraço será daqueles, looongos e aconchegantes. E não há tempo para desacordos, lamentações a não ser de não estarem sempre juntinhos. Ah, como é delicioso alimentar esse amor, contar os dias, riscar o calendário e fazer sempre planos a médio prazo.

Porém, vamos aos fatos:

Você sempre está sozinho. E o companheiro passa a ser aquela pessoa que existe, mas que ninguém nunca vê. 

Seu lazer passa a ser agendado e condicionado ao bom humor de São Pedro. Dependendo de como está o dia, resolverão o que fazer.

Sua conta de telefone é gigantesca ou você certamente adquiriu uma promoção "fale menos" de qualquer operadora. Nenhum namoro resiste ao empobrecimento. Casamento talvez sim, namoro não.

Aí começam as discussões de quem cede mais, a contabilizar quantas vezes cada um se deslocou e pior, a comparar a importância dos eventos inadiáveis. E isso é realmente complicado e subjetivo.

Namorar começa a custar caro, a proporcionar pouco lazer e a atrapalhar o seu trabalho. Pronto, meio caminho para dar errado.

Obviamente nada disso é uma verdade absoluta já que algumas pessoas são capazes de ceder mais que as outras. Afinal, a gente sempre espera que em breve a pessoa esteja ao nosso lado. Se sobreviverem, poderão curtir cada minuto perdido. Até lá, que tal apenas baterem longos papos?  Ás vezes dá certo.


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