25 de jun. de 2009

.:. Pirataria é crime e roubo também .:.

A condenação de uma organização contra o copyright fez a maioria das pessoas acostumadas a “baixar” arquivos pela internet, pensarem duas vezes antes de apertar o start.

O pagamento de 3,6 milhões em indenização por quebra de direitos autorais é sem sombra de dúvida, um valor considerável para uma empresa que vive de compartilhar arquivos. Porém, vamos trazer para a realidade,né? Euzinha nunca teria esse valor.

Não desmerecendo o preço do suor de cada músico, programador e afins, eu apenas não poderia pagar 4 mil dólares mais o frete por cinco raridades do U2 no eBay! Sou amante da música, mas acima de tudo, amo mais o meu dinheiro.

Talvez seja mais fácil permitirmos que o mundo seja consumido por funks neuróticos a 10 reais do que democratizar a boa música. Pra mim não faz sentido. Não que eles não tenham o seu valor, só considero mais simples escrever “senta senta senta” do que letras consistentes. É uma questão de justiça do talento.

O mundo é plano e não posso aguardar a boa vontade das importadoras ou de amigos dispostos a andar mais duas quadras nova iorquinas para me trazer as últimas da gringa. Ou ainda esperar os mestres da MPB fazerem suas coletâneas de 30 anos de carreira para serem vendidas a preços módicos com o título de “Perfil”. Sinceramente, o download é tudo.

Bato palmas para as “crianças” web nativas que conseguem perceber que o modelo contemporâneo é on line. A artista Malu Magalhães pescou isso com apenas 15 anos e está mais na mídia que muitos grandes nomes que, estão a cada dia mais engessados pela máfia das gravadoras. Não é mais simples fazer o download e estar nos mp3 players e Ipods de todo o mundo em segundos?

Não é a bandeira da pirataria que levanto aqui. Até porque essa prática é crime e prejudica milhões de profissionais que sustentam suas famílias com o dinheiro das vendas dos produtos que eles fabricam. Porém, é nítido e claro que estamos de frente com uma tendência e que algo precisa ser feito. Porque pirataria é crime mas pagar uma fortuna para ouvir 14 faixas de música , é um roubo.

5 comentários:

Carol disse...

Amiga,

roubo é uma calça jeans da Cantão.. mais de 300 pratas.
Cd nem é tão caro assim. Só concordo que a internet é o ápice da modernidade. Futuramente vai estar tudo lá, de gratis. Aguarde e confie.
E convenhamos, seu guarda roupa tem um montão de roupinha cara de doer!!! Vc está entregue a esses ladrões. rsrs

Beijos, Carol (momento crítica).

Marcos disse...

Sabe, no mundo dos códigos abertos, dos Samplers e outras "democracias" mais, está na hora de repensar as formas do SUCESSO gerar grana!!

Existem formas de explorar melhor o momento positivo na carreira, se milhares de pessoas assoviarem sua música na rua. Acho que falta criatividade para fazer a grana chegar...Realmente não é pelo caminho CARO das gravadoras, que investem em coisas ruins...Alguém tem visto coisas maravilhosas aparecerem por aí??? Tá faltando criatividade no geral...realmente o modelo tem que mudar....e vai vc também fazer alguma coisa por isso!!!! rs (legal o tema - questionador!!!)

daniela disse...

EXCELENTE
marcando muito bem a sua volta no olhar
bj
DAniela Favalli

vinícius disse...

É meu amor, a coisa está mesmo feia, estou tentando viver da música ha anos, mas como você mesma vivencia comigo, sabe que é muito difícil. Não bastasse apenas o péssimo gosto musical de boa parte da nossa população, ainda existem essas "travas" para dificultar ainda mais a nossa vida. Piratear sem dúvida é crime, mas cobrar 40 pratas por um cd recém lançado num país onde o salário da maioria esmagadora da população não chega a R$500,00 é o que? Acho que querem mesmo cultura para todos. Afinal "créeeeeeeeeuuu" é 0800.

Oscar Ferreira disse...

Eu sou completamente contra a máfia das gravadoras, em muitos casos o artista leva apenas 20% da venda de um CD e o restante e todo da gravadora.

A cultura digital vem acabando com essa forma de negócios que pessoas ou empresas ganham dinheiro em cima do trabalho dos outros, por que as gravadoras ganham dinheiro (e muito dinheiro) em cima do dom musical das bandas e cantores. Com a possibilidade do artista musical criar seu próprio vinculo com seus fãs, oferecendo conteúdo musical gratuito e convidando a participar dos shows que fazem o ganho e muito maior do que a venda de CDs.

Para a economia tradicional isso é uma afronta algo que deve ser combatido com unhas e dentes, assim como a televisão tentou acabar com a internet e o rádio com a TV. É algo inevitável, cada dia iremos mais consumir conteúdo gratuito, a comunidade colaborativa aumenta a cada dia e a política do open source tem ganhado força. Uma hora tudo ira estourar e artistas não irão mais querer gravadoras nem ninguém ganhando dinheiro nas costas deles. Como as gravadoras irão ganhar dinheiro daqui para a frente eu não sei nem e meu papel saber como eles podem evoluir, mas milhões de empresas evoluem suas estratégias de negócio em cima dos seus consumidores, as gravadoras precisam fazer a mesma coisa.

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