4 de jun. de 2007

.:. Viva as diferenças .:.

Mania estranha das pessoas acharem que os parâmetros corretos são sempre os nossos. Vestir-se de uma visão de mundo carregada de pré – conceitos e “achismos” infundados. Somos construídos e reconstruídos a todo tempo.

A relatividade cultural existe e isso é fato. É uma chance de tirar proveito dela como uma forma natural de acrescentar outras análises de vida. Conhecer outros gostos, outras manias e cultivar o respeito ao próximo. O pré-conceito atravanca o andamento das relações humanas.

Outro dia entrei num consultório e um senhor de longos cabelos brancos presos num rabo-de-cavalo baixo veio me receber. Hipocrisia minha dizer que não estranhei, mas certamente no mínimo fiquei curiosa imaginando o que o teria motivado adotar aquele estilo. Vale dizer que esse senhor é hoje meu neurologista e professor de uma universidade federal.

Podemos refletir sobre o que essas pessoas, tão diferentes de nós, têm a acrescentar. E a gente escolhe ser positivo ou negativo. Viva as diferenças ou se isole no seu próprio mundo cercado de pessoas iguais a você.

Ser eclético é ser autêntico na mesma proporção daqueles que se inserem em tribos urbanas e se vestem de uma identidade única. Gostar de provar de tudo um pouco e entender o que está por trás de cada manifestação é uma forma de autenticidade. Mas em contrapartida, ser como os seus, pode lhe trazer um constante aperfeiçoamento num assunto de interesse de um grupo comum.

O mais importante disso tudo é a forma como vemos as diferenças. Você escolhe ter uma visão micro ou macro e o resultado sempre é válido. Em contrapartida, ou o copo está meio cheio ou meio vazio. Eu no entanto, costumo dizer que o meu sempre está transbordando.

2 comentários:

Raphael Michael disse...

Ser diferente pode significar tantas coisas. Atrair a atenção para si é uma delas. Ou quem sabe, fazer parte do meio social o qual se sente identificado.
A verdade é: esta sua visão micro ou macro resume-se ao fator externo de uma pessoa.
Por dentro, somos todos iguais. Eternos insatisfeitos buscando uma forma de preencher a lacuna da alma.

Anônimo disse...

Amiga,

somos tão diferentes e no entanto precisamos tanto uma da outra...
Ou seja ser diferente pode até unir e apaixonar, pode fazer rir e chorar.. ser alegre ao extremo ou triste de doer... Mas felizmente ser diferente muda sempre alguma coisa, algum contexto, alguma frase, alguma idéia.. e as concepções serão sempre diferentes, de um ponto de vista estranho ou de um olhar bem cotidiano.
Linda... você é minha escritora favorita. Beijo. Carol Tatagiba

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